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Arquitetos: barbiniarquitectos
- Área: 1400 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG

Descrição enviada pela equipe de projeto. O forte da Crismina é um dos três fortes do século XVIII da antiga linha de defesa da costa de Cascais, edificados na sequência do conflito entre Portugal e Espanha. Esta estrutura fortificada é principalmente um espaço vazio, delimitado por muros em pedra, parcialmente deteriorados pela erosão eólica e outros fenómenos atmosféricos. Estes muros têm alturas e espessuras diferentes, definindo um polígono irregular.

A intervenção envolve, em primeiro lugar, a consolidação do limite construído e, em segundo lugar, a construção de um equipamento de um só piso em vidro e pedra dentro do recinto, com o objetivo de redefinir uma nova sintaxe espacial. O novo volume atinge a altura máxima das paredes ao seu redor contribuindo a reforçar o seu papel de miradouro e marco territorial.


O programa é polivalente e inclui um único espaço aberto para eventos privados. O espaço exterior entre o edifício e as paredes existentes é composto por três pátios descobertos, um virado a sul, o segundo virado a nascente, e o terceiro a poente, aberto em direção ao Oceano Atlântico e aos principais ventos dominantes.

A área tem uma importância ecológica e paisagística invulgar, integrada na falésia cortada por enseadas rochosas, praias arenosas e pequenas praias de seixos. Do ponto de vista vegetal, a área apresenta espécies vegetais raras com valor científico, envolvendo algumas endemias, como armeria pseudoarmeria ou Armeria welwitschii entre outras.

Neste contexto, a intervenção paisagística centra-se em áreas livres de cobertura vegetal, com trilhos antigos, zonas de travessia e limites perimetrais, apontando para recuperar a capacidade do sistema.





















