-
Arquitetos: Tatiana Bilbao
- Área: 13000 m²
- Ano: 2023
-
Fotografias:Juan Manuel McGrath
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto faz parte do programa de regeneração do conjunto do Parque Central de Mazatlán, México. A intenção é complementar a área pública, natural e cultural do conjunto de grande interesse social, marcado pela qualidade e singularidade da intervenção. O projeto oferecerá a experiência completa dos ecossistemas marinhos do Mar de Cortés, assim como os terrestres nas margens do mesmo.
O volume proposto é o lugar onde a natureza, marinha e terrestre, encontra a arquitetura e o mundo dos seres humanos. Ao redor e no interior da edificação habita a natureza viva e em crescimento, dotando o projeto de identidade e tornando a experiência algo único e completo. A proposta trata-se de uma estrutura ortogonal, racional, funcional e flexível, com identidade e pertencimento ao lugar onde é implantada. Ela resolve de forma unitária e simultânea espaços, estrutura, envoltório, instalações e integração com o entorno. Sobre a ordem ortogonal definida pela retícula estrutural levantam-se paredes programáticas, funcionais e de serviços, além de instalações, que se estendem em direção a forma não regular para integrar-se com a paisagem circundante e aportar estabilidade estrutural à edificação. O projeto busca aumentar a superfície de contato entre interior e exterior, esfumaçando os limites entre ambos e permitindo uma maior interação.
A intenção do projeto é mergulhar o visitante no mundo natural através do percurso no espaço público exterior estendido desde o entorno até a parte superior do volume, para posteriormente descer em direção à praça de acesso público central, de onde os visitantes iniciarão o percurso da exposição. A partir desta praça, são acessados cada um dos ecossistemas da exposição, mar aberto, costas, terra e bosque, além dos programas educativos como auditório e laboratório público. A experiência da exposição pode ser iniciada por qualquer um dos ecossistemas.
O visitante pode seguir a exposição de forma contínua e flexível, já que a sequência de espaços comunica os programas transversalmente e em contínuo contato com o entorno natural exterior.
O projeto é desenvolvido em três níveis. O primeiro, no térreo, onde se localizam as áreas de administração e apoio, recepção de grupos escolares, parte dos serviços públicos e as instalações de conservação e suporte de vida marinha, assim como as instalações gerais centralizadas. No próximo nível, o primeiro andar, situa-se a praça de acesso geral, exposição e serviços públicos. Sobre o nível anterior, apenas em um setor da planta, encontra-se a área de suporte e atenção aos grandes tanques da exposição, com vestiários, banheiros e equipamentos para os funcionários responsáveis pela manutenção e visitantes que experimentarão a imersão no tanque oceânico. Neste nível encontram-se também as instalações e equipamentos restantes para suporte da vida marinha.
