132 VPP De Arrendamiento / Estudio Entresitio

132 VPP De Arrendamiento / Estudio Entresitio - Mais Imagens+ 34

  • Arquitetos: Estudio Entresitio; Estudio Entresitio
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  15
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2009
  • Fotógrafo

Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto é resultado de um concurso fechado convocado pela EMVS no ano de 2003. A filosofia do concurso era de que cada equipe deveria oferecer a melhor solução arquitetônica possível , cumprindo sempre os parâmetros econômicos, de construtibilidade, o número de habitações e considerando que se trata de um conjunto de habitação social. 

© Roland Halbe

Dependia dos participantes decidir se optavam por uma proposta que cumprisse o resto das condições urbanísticas de ocupação, alinhamentos, alturas, entre outras, ou se, como foi o caso, escolhia-se uma solução que necessitasse de tramitação urbanística posterior.

© Roland Halbe

A proposta vencedora foi uma torre de 22 andares.

© Montserrat Zamorano

“O projeto poderia ser explicado de várias maneiras, mas há uma, que não renunciamos, que tem a ver com a eficiência da planta e a solução de um determinado programa funcional, neste caso da habitação.”

© Montserrat Zamorano

Trata-se de habitações para aluguel que se caracterizam por sua reduzida dimensão, já que possuem a área mínima possível segundo a norma.

© Roland Halbe

O projeto constrói um total de 132 habitações de um e dois dormitórios em uma edificação de 9000 m2 e  300 m2 adicionais de uso comercial no térreo.

© Montserrat Zamorano

O edifício ocupa 70% do limite definido pelo alinhamento, com um recuo geral para liberar mais espaço público de calçada na frente e um alívio natural do uso comercial do térreo. Este recuo evita os chanfros típicos de ampliação e trabalhar com um volume de geometria mais limpa.

© Montserrat Zamorano

Para uma mesma área edificável, reduzir a base do edifício implica necessariamente crescer em altura. Neste caso propôs-se um volume de perfil recortado com proporções pouco comuns. Se poderia pensar no edifício como o resultado da união de uma torre e um bloco através de um corpo central, mas nos interessava mais a ideia de um desenvolvimento livre em altura, onde o equilíbrio entre as partes produzisse algo inquietante.

© Montserrat Zamorano

A solução em planta tem como base geométrica a “dupla simetria” - como ambigramas, palavras ou figuras que são lidas da mesma forma quando giradas em 180º. Esta estratégia colabora a diluir um pouco as partes, já que a ordem de cada um não é evidente e se associa sem solução de continuidade com a ordem das outras. Também tem a ver com o fato de que a construção, tal como um bloco livre, é percebida como uma peça em que não existe uma distinção entre a frente e a parte de trás ou as partes superiores e inferiores. Responde de forma semelhante tanto à rua de acesso como a zona verde que discorre longitudinalmente pela frente.

© Montserrat Zamorano

Apenas em um análise minuciosa deste empreendimento se poderia entender a diversidade do programa. Mesmo que todas as habitações sejam de 1 e 2 dormitórios, as de menores dimensões situam-se nos elementos em altura e desenvolvem-se em um andar. O volume longitudinal é ocupado pelos apartamentos duplex, com repetição de unidades funcionalmente indiferenciadas. As habitações não são o resultado de uma subdivisão a priori da planta, mas são resolvidas entrelaçadas tanto em planta como em corte.

© Montserrat Zamorano

As residências duplex são compostas de dois dormitórios versáteis que se cruzam em seção para desfrutar as orientações norte e sul. Ao ter o acesso pelo primeiro pavimento, pôde-se responder tanto ao uso característico da habitação, como aos usos previstos no planejamento como complementares e/ou alternativos: escritórios e comerciais no primeiro pavimento e hospedagem em qualquer nível acima.

© Montserrat Zamorano

Como há muitas formas de explicar o projeto, uma delas tem a ver com o caráter urbano da edificação, com a construção da cidade e a necessidade de caracterizar de alguma maneira os novos tecidos residenciais, neste caso de Madri.

© Montserrat Zamorano

Neste sentido o projeto trabalha em vários níveis. O revestimento externo recorre aos recursos de indiferenciação e ambiguidade de escala. Trata-se de uma pele de escamas de zinco em módulos horizontais que deslizam uns sobre os outros, com um ligeiro deslocamento, nas quais se inserem as aberturas, com a intenção de não evidenciar os níveis dos pavimentos. Propôs-se um sistema de combinação de aberturas tipo, que sempre encontram suas melhores posições no interior dos cômodos. Sobre esta estrutura suporte da unidade e também do múltiplo, incorporam-se algumas caixas de projeção que, como elementos livres de distorção, introduzem uma ligeira vibração na fachada.

© Montserrat Zamorano

A relação entre os conceitos de "convivência de escalas" e "ambiguidade escalar", ou seja, o que é grande ou pequeno juntamente com o que não é revelado nem tão grande nem tão pequeno, estabelece o diálogo que se produz sem querer a cidade histórica e nos desenvolvimentos sucessivos que nela se produzem ao longo do tempo.

© Montserrat Zamorano

De alguma maneira a dualidade converte-se quase em um método de busca, por um lado se trabalha com a intenção de que a cidade não só fale de seus edifícios, mas dos vazios que eles conformam. Existe uma função muito definida em planta e uma não tradução da mesma na fachada, potencializando a condição de envolvente contínua que apesar de seus materiais leves colabora na percepção do edifício como sólido e propõe-se para a construção de um volume tão pronunciado e nítido, um revestimento escamado e pouco liso, ainda que homogêneo.

© Montserrat Zamorano

Desta maneira, faz-se conviver o cotidiano e o extraordinário; o cotidiano do vazio doméstico que corresponde a uma ordem clara funcional com o extraordinário de sua disposição eliminando a ordem compositiva e colaborando com a leitura de uma massa uniforme.

© Montserrat Zamorano

Mas há uma terceira maneira de explicar o projeto, que poderíamos intitular como “a arquitetura e a técnica” e que se trata de tornar as ideias edificáveis. No desenvolvimento do projeto de execução e sua construção produz-se a filtragem da norma, o planejamento, o pressuposto, a viabilidade construtiva e, sobretudo, a verdadeira tradução espacial das questões propostas.

© Montserrat Zamorano

Desta maneira, a fachada em zinco converte-se no argumento central, não somente por questão de  sua execução material, mas também como estratégia de eficiência energética. Pensou-se em uma solução de manutenção mínima, em posição transventilada, que facilitasse a transpiração da fachada, protegesse a edificação da infiltração de água da chuva e evitasse a condensação intersticial. Supõe a otimização do isolamento térmico e acústico do edifício, que por estar situado do lado de fora das fábricas do gabinete impedem quaisquer pontes térmicas.

© Montserrat Zamorano

No verão, produz-se o efeito chaminé. O sol esquenta o ar que cai na câmara que ascende por convecção ocupando seu lugar de ar fresco e evitando o acúmulo de calor na fachada. 

Cortesía de Estudio Entresitio

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Localização do Projeto

Endereço:Madri, Espanha

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Sobre este escritório
Cita: "132 VPP De Arrendamiento / Estudio Entresitio" [132 VPP De Arrendamiento / Estudio Entresitio] 26 Nov 2011. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-82865/132-vpp-de-arrendamiento-slash-estudio-entresitio> ISSN 0719-8906

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