




O hotel está na entrada norte do Parque Nacional Torres del Paine, nas margens do Lago Sarmiento, que por sua vez é o limite do Parque Nacional. O lugar de implantação possui uma grande magnitude frente à vastidão metafísica da Patagônia Austral. Um primeiro plano de água suporta a montanha do Paine. Estas características levam a escolha de um partido de um projeto estendido, que dialogue com a magnitude do território.
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Por outro lado, o ecoturismo, a experiência na natureza, e devido ao longo processo de domesticação do homem contemporâneo, este não está preparado para viver ao ar livre, sem proteção, e por isso o edifício deve ser uma segunda pele sensível que permita que o homem experimente a força e a beleza mística deste lugar. O gesto territorial é o de um corpo livre cobrindo a extensão, como um corpo virtual que se conforma nos percursos exteriores e interiores. Na cabeça está o Paine, os braços são os marcos geográficos que definem os limites das margens do lago, as pernas são a forma de se acessar o lugar, e o coração: o edifício do hotel.
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O desenho do edifício surge das formas que o vento desenha, elemento natural característico da zona. A forma busca não romper com a paisagem do lugar, mas sim somar-se. A imagem do hotel é a de um antigo fóssil de algum animal pré-histórico, encalhado na margem do lago. Alguns dos que permitiram que Charles Darwin elaborasse sua teoria da evolução humana. Este proposito leva que a forma nasça da terra, como uma dobra na areia desenhada pelo vento. O projeto é ancorado ao solo com taludes de pedra e é totalmente revestido por tábuas de madeira lavada, para alcançar uma coloração prateada característica das madeiras roídas pela água, deixando os invernos.
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A solução espacial busca o abrigo e a pequena escala, esta é estruturada a partir dos corredores interiores, que são a forma de habitar esta extensão. Na ala dos dormitórios o corredor é resolvido com passarelas sobre o vazio.
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O terreno onde está implantado o hotel pertence a uma fazendae privada de uma família de colonos da região, e por isso que a arquiteta de interiores buscou uma experiência mais familiar, como se fosse a casa dos donos da fazenda, e não de a aparência de um hotel internacional.


















