A cidade de Deli, Índia, é uma amálgama de culturas, religiões e tradições. Devido à sua rica e milenar história, apresenta atualmente um cenário urbano abundante e heterogêneo. Cada setor da cidade conta com monumentos construídos que atuam como pontos focais para organizar a trama urbana: templos, edifícios governamentais, fortalezas, muralhas e praças que são combinados com a topografia do território.
"A rápida expansão de instalações comerciais relacionadas a aeroportos está fazendo os portões aéreos de desenvolvimento metropolitano do século XXI onde viajantes distantes e locais podem realizar negócios, trocar conhecimentos, fazer compras, comer, dormir e ter opções de entretenimento sem se distanciar mais de 15 minutos do aeroporto. Essa evolução espacial e funcional está transformando muitos aeroportos de cidades em cidades-aeroportos " - Dr. John Kasarda
Os principais aeroportos internacionais tem se desenvolvido ao longo do tempo em nós chave numa produção global e sistemas corporativos através da agilidade, velocidade e conectividade. Esses núcleos de transporte são capazes de estimular dramaticamente as economias locais atraindo uma grande gama de negócios relacionados com a aviação para suas periferias e resultando no que John Kasarda, um acadêmico estadunidense que estuda e aconselha governos em questões de planejamento urbano, apelidou de "Aerotropolis". Como qualquer outra cidade tradicional, a Aerotropolis consiste de um núcleo central com anéis de desenvolvimento que permeiam este núcleo; mas diferente de outra cidade qualquer, o núcleo central desta cidade é um aeroporto e todo desenvolvimento vizinho dá suporte, e por sua vez é suportado pela indústria da aviação. Muitos aeroportos ao redor do mundo evoluíram organicamente para essas comunidades dependentes dos aeroportos, gerando enorme lucro econômico e criando milhares de empregos, mas o que Kasarda está argumentando é um apelo mais organizado e propositivo para o desenvolvimento destas Aerotropolises - o que acredita ser o futuro modelo de uma cidade de sucesso.
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Você se lembra de ter passado horas da sua juventude fugaz na frente da tela do computador, construindo cidades animadas e complexas, com bairros vibrantes, escolas, centros comerciais, indústrias, usinas de energia... só para todos serem destruídos por um asteroide imprevisto ou um OVNI?
Texto por Guillermo Tella via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
O processo de sub-urbanização das elites, um fenômeno que desde a difusão do automóvel foi característico das metrópoles dos Estados Unidos, podem ser também encontrados importantes exemplos nas grandes cidades latino-americanas. Esse fenômeno não se manifestou em Buenos Aires até meados da década de 80, momento a partir do qual se iniciou um desenvolvimento imobiliário sem precedentes.
Vamos abandonar a palavra "zoneamento", como nas portarias de zoneamento que regem a forma como a terra é utilizada e como edifícios, muitas vezes são projetados. A regulamentação do uso da terra ainda é necessária, mas cada vez mais o zoneamento se tornou um termo conceitualmente inadequado, uma caracterização obsoleta de como planejamos e e damos forma ao crescimento. - Roger K. Lewis
O zoneamento, conceito com pouco mais de um século de idade, já está se tornando um sistema ultrapassado pelo qual o governo regula o desenvolvimento e o crescimento. Exceções e brechas na legislação de zoneamento atual provam que o planejamento da cidade está empurrando uma transformação de zoneamento para refletir os objetivos e as necessidades de construção da cidade hoje e no futuro. Para determinar como o zoneamento e o uso do solo precisam mudar é preciso primeiro avaliar as intenções da construção de cidade do futuro. Planejadores e arquitetos, legisladores e ativistas comunitários já começaram a estabelecer diretrizes e portarias que abordam os objetivos de sustentabilidade e habitabilidade. A AIA estabeleceu Líderes Locais: Comunidades Mais Saudáveis Através do Design e fez um compromisso com a Década do Design: Desafio Soluções Globais. Nova York veio com o Diretrizes de Design Ativo: Promoção de Atividade Física e Saúde no Design e na sua iniciativa de Zona Verde no que diz respeito à atualização da sua resolução de zoneamento. Filadélfia tem aumentado seu zoneamento para incluir fazendas urbanas e jardins comunitários. É seguro supor que muitas outras cidades seguirão esses precedentes.
Texto por Francisca Codoceo via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
16 anos se passaram desde que inauguraram o Museu Guggenheim de Bilbao, o singular edifício de curvas prateadas idealizado pelo arquiteto canadense, Frank Gehry, que hoje em dia é um postal desta cidade basca para o mundo. Em grande parte, a construção do museu foi responsável pelas iniciativas de recuperação do Rio Nervión (arredores do rio que atravessa a cidade) e sua reurbanização para as artes e o ócio, impulsionadas por novas organizações e conselhos da cidade através do Plano Estratégico de Revitalização Metropolitana de Bilbao .
Populações urbanas estão se expandindo exponencialmente conforme as pessoas migram para capitais onde as oportunidades econômicas prometem mobilidades social e acesso a educação, saúde e onde a oferta de trabalho é mais abundante que em áreas rurais. Nações antes consideradas no "terceiro mundo" estão dando seus saltos para acomodar o crescimento populacional com ponderadas considerações na concepção dessas novas capitais urbanas. As tendências populares mudaram consideravelmente e tem contribuído para algumas das mais densas cidades urbanas nunca antes vistas na história. A ascensão na classificação de cidades como "mega-cidades" e os problemas que esta alta densidade populacional causa perante ao fato de que nossas cidades atingiram um nível de saturação precisa ser combatido.
“A relação entre as pessoas, os aspectos históricos, os elementos socioculturais – entre muitos outros – são componentes essenciais que, dependendo de sua conjugação e apresentação, definem os modelos atuais de cidade” é o que afirma Chuck Wolfe, advogado e acadêmico especializado no uso do solo, direitos e permissões ambientais e desenvolvimento de técnicas sustentáveis.
Wolfe, há algum tempo tempo, trabalha em seu livro “Urbanismo sem esforço”, que através de curtos capítulos postulará princípios que pretendem vincular a carga histórica das cidades, seu planejamento urbano atual e os projetos futuros, sem deixar de lado o progresso.
Na continuação encontrará cinco ideias de seu livro.
O curso visa qualificar profissionais da área de Planejamento e Gestão Urbana para sua atuação em consultoria, elaboração e implementação de projetos de gestão do território.
No sul de Acapulco, helicópteros passam apontando metralhadoras aos banhistas. O feriado é interrompido pelo espetáculo da violência urbana. Acapulco é agora uma espécie de Rio de Janeiro, ou seja, uma metrópole turística hiperviolenta em um paraíso a beira-mar. Como no Rio de Janeiro, o problema não é apenas o narcotráfico: crescimento desproporcional e descontrolado descentralizou a cidade.
Na cidade encontramos vários discursos: o discurso de ordem, dado pelo Estado aos espaços e atividades; o discurso do poder, dado pelo equilíbrio entre potências instaladas; o discurso de diferenciação, dado por sua própria qualidade urbana. Há então um discurso urbano socialmente legitimado em que a cidade “nos fala” para expressar ordem, poder e diferenciação. A presença de marcas simbólicas indica ordem e diferenciação e, nessa lógica, incentiva um modelo de cidade como espaço de negócios que enfatiza as diferenças no direito que tem a ela de seus vários setores sociais.
Quando os planos para o High Line foram revelados, causou-se uma forte impressão na comunidade de design. A linha ferroviária elevada convertida, há muito abandonada pela cidade de Nova York, foi ameaçada por demolição até que um grupo de ativistas lutou por seu renascimento e ajudou a transformá-la em um dos espaços públicos mais famosos de Manhattan. Agora o Queens, um bairro com infraestrutura abandonada está reconstruindo à sua maneira sua própria versão do High Line, a ser conhecida como o Queensway Cultural Gateway.