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Friedensreich Hundertwasser: O mais recente de arquitetura e notícia

A evolução da arquitetura de Viena: Barroco, Secessão e contemporâneo

Comumente conhecida como a "Cidade da Música", Viena se destaca como um testemunho vivo da evolução arquitetônica ao longo dos séculos. Ao abranger uma variedade de estilos, desde os palácios barrocos imponentes até os projetos inovadores do Art Nouveau e o movimento de Secessão de Viena, a cidade atrai visitantes por suas maravilhas arquitetônicas. O passado movimentado de Viena se reflete em sua paisagem arquitetônica, resistindo a guerras, expansões imperiais e mudanças nas tendências artísticas, enquanto mantém sua identidade única como símbolo de resiliência e reinvenção.

De Adolf Loos e Otto Wagner, pioneiros do modernismo, aos tempos de hoje, o horizonte de Viena é marcado por arquitetos internacionalmente renomados. Um exemplo é Zaha Hadid, cujos designs fluidos e futuristas ultrapassam os limites da arquitetura. O trabalho de Hadid na Biblioteca e Centro de Aprendizado na Universidade de Economia e Negócios, estabelece um contraste dinâmico com a paisagem histórica da cidade. Além disso, escritórios como o CRAB Studio, fundado por Sir Peter Cook e Gavin Robotham, introduzem experimentalismo na arquitetura de Viena, incorporando conceitos contemporâneos ao tecido urbano. Esses arquitetos e estúdios contribuem para a riqueza arquitetônica de Viena, acrescentando novos capítulos à sua história.

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A casa como pele: trazendo Hundertwasser para o século XXI

“Eu sou tolerante. Mas revolto-me. Acuso. É a minha obrigação. Estou sozinho. Por trás de mim não há qualquer ditadura, qualquer partido, qualquer grupo, nem qualquer máfia. Nem um esquema intelectual coletivo, nem uma ideologia. A revolução verde não é uma revolução política. É sustentada pela base e não é nem minoritária nem elitista. É uma evolução criadora em harmonia com o curso orgânico da natureza e do universo.”

O parágrafo acima foi proferido em meados do século XX por Friedensreich Hundertwasser, artista e arquiteto austríaco nascido em 1928 que marcou a história da arquitetura com seu estilo único de incorporar formas irregulares e vibrantes nas obras. Seus projetos eram um verdadeiro manifesto contra a arquitetura racional e repetitiva nos quais há direito de intervenções nas janelas para os inquilinos, pisos irregulares, telhados verdes e vegetação espontânea. Como arquiteto, ele sempre colocou a diversidade antes da monotonia, acreditando no direito de cada indivíduo de modificar a sua casa e expressar sua criatividade. Porém, acima de tudo, Hundertwasser acreditava na importância da identificação do homem com a natureza e o mundo ao seu redor, abordando conceitos relacionados à vida em comunidade e ao respeito pelo meio ambiente.

A dança das superfícies: pisos irregulares e o resgate do equilíbrio humano

"O piso plano é uma invenção dos arquitetos. Adapta-se a máquinas, não a seres humanos." Inspirado pelos secessionistas vienenses e pelos artistas austríacos Egon Schiele e Gustav Klimt, assim como pelas ousadas formas gaudinianas, o autor dessa frase, Friedensreich Hundertwasser (1928-2000), foi um prolífico pintor, escultor e arquiteto. Suas obras são marcadas pela dualidade entre a disciplina e a indisciplina, entre o esperado e o inesperado, o racional e o irracional. Na sua aventura criativa, Hundertwasser não era um simples inimigo da linha reta, ele desprezada o racionalismo arquitetônico reivindicando formas fluídas e cores marcantes.

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Último projeto não concluído de Hundertwasser pode se tornar realidade na Nova Zelândia

O futuro do último trabalho não concluído de Friedensreich Hundertwasser - um Centro de Artes em Whangarei, Nova Zelândia - será decidido em um plebiscito. O centro, apoiado pela Proper Northland Trust (PNT), foi originalmente projetado em 1993 por Hundertwasser como reformulação de um edifício governamental localizado na orla da cidade, porém, a proposta nunca foi realizada.

Hundertwasser, um artista austríaco que viveu na Nova Zelândia em alguns períodos entre 1970 e 2000, explorava em seu trabalho o uso das cores, formas orgânicas e a relação entre arte e natureza, bem como a prática de uma construção sustentável.

Hundertwasser e a luta contra a linha reta

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Hot Springs Village, Bad Blumau, Styria, Áustria. Imagem © Flickr CC User Enrico Carcasci

No último episódio do podcast 99% Invisible, Roman Mars aborda o trabalho do arquiteto pouco conhecido Friedensreich Hundertwasser, frequentemente citado por suas formas curvas e coloridas. De seu nome a suas ideias pouco usuais transformadas em manifestos, é evidente que Hundertwasser não foi um arquiteto comum. Ouça o podcast e confira alguns dos trabalhos desse artista e arquiteto austríaco, a seguir.

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Os edifícios de Hundertwasser: manifestos construídos de uma arquitetura para o ser humano

"A arte pela arte é uma aberração, a arquitetura pela arquitetura é um crime".

A partir de 1950, o controverso artista e arquiteto austríaco Friedensreich Hundertwasser (1928-2000) desenvolveu uma série de ensaios contra a arquitetura racional, a ortogonalidade e os espaços "não humanos" que tiravam o homem de seu meio ambiente natural. O artista rejeitou sempre a linha reta e apostou na mudança pela espiral, as cores fortes e as formas orgânicas. Para Hundertwasser, a miséria humana era resultado de uma arquitetura monótona, estéril e repetitiva, gerada por uma produção industrial mecanizada. Em seus discursos chamava a boicotar este tipo de arquitetura e exigia, em troca, a liberdade criativa da construção e o direito à individualidade.

Apesar de atualmente o discurso "ecológico" ser o pão de cada dia, seus edifícios são manifestos construídos a partir de um pensamento muito mais profundo de como o ser humano se relaciona com o meio através do espaço habitável e como pode determinar sua existência em harmonia com a natureza.

Você acha que precisamos de uma reflexão deste nível na arquitetura de hoje?

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