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smartcity: O mais recente de arquitetura e notícia

O que é um gêmeo digital?

O surgimento do fenômeno do "gêmeo digital" anunciou uma grande mudança em termos de planejamento urbano. Ele apresenta essencialmente a cidade como dinâmica, de forma virtual. Garante que todos os elementos do tecido histórico, novas construções e transporte público sejam contabilizados em um modelo tridimensional. Não só apresenta elementos-chave em termos de paisagem, como também engloba condições muitas vezes esquecidas, como a presença de luz ao longo do dia, sombreamento e vegetação. Tudo isso contribui para um melhor processo de análise do território.

As megacidades do futuro também podem se tornar inteligentes?

Cidades estão tão profundamente enraizadas na história da humanidade que dificilmente nos perguntamos por que vivemos nelas ou qual a razão de nos agruparmos em assentamentos urbanos. Ciro Pirondi, arquiteto brasileiro, aponta que vivemos em cidades porque gostamos de ter alguém para conversar, enquanto Paulo Mendes da Rocha classifica a cidade como “a suprema obra da arquitetura”. A cidade é o mundo que o homem constrói para si próprio. Tratam-se de imensas construções coletivas, palimpsestos, colagens de camadas de histórias, realizações, conquistas e perdas.  

Já somos majoritariamente urbanos desde 2007. E a porcentagem deve chegar a 70% de pessoas vivendo em cidades em 2050. Nos próximos anos, megacidades com mais de 10 milhões de habitantes deverão se multiplicar, principalmente na Ásia e na África, muitas delas em países em desenvolvimento. Tal projeção levanta o alerta em relação à sustentabilidade e às mudanças climáticas que as cidades catalisam. E, claro, sobre como possibilitar a qualidade de vida a seus habitantes e de que forma eles poderão prosperar e se desenvolver em contextos que, muitas vezes, não são os ideais. Como esses assentamentos urbanos receberão este aporte da população? Enquanto seus centros antigos demandarão transformações e atualizações, suas periferias exigirão o projeto de novas residências e equipamentos públicos, além de infraestruturas adequadas. Como esse processo pode ajudar os centros urbanos a se tornarem inteligentes, utilizando de forma criativa e eficiente a tecnologia já disponível a favor de seus habitantes? 

Ceará terá a primeira "cidade inteligente" para populações de baixa renda no Brasil

As cidades inteligentes já são uma realidade em algumas partes do mundo, oferecendo tecnologias que auxiliam a tornar a vida mais sustentável. Porém, com custo alto, poucas pessoas têm acesso a essa experiência. No entanto, arriscando mudar este panorama, está sendo construída no Ceará a primeira cidade inteligente voltada para pessoas de baixo poder aquisitivo.

A cidade está sendo construída no município de São Gonçalo do Amarante. Apesar de estar em solo brasileiro, a iniciativa, que recebeu o nome de Laguna Ecopark, foi proposta por duas organizações italianas, a Planet e SocialFare, em conjunto com o Centro de Empreendedorismo da Universidade de Tel Aviv – StarTAU.