Em meio à crise ambiental que enfrentamos atualmente, a bioeconomia tem ganhado destaque em diversas áreas, o que inclui o setor da construção civil e seus esforços para tornar-se mais sustentável. Esse pensamento também trouxe reverberações para o campo da arquitetura de interiores, e assim, à medida em que a consciência sobre as mudanças climáticas e a necessidade de preservar nosso planeta aumentam, os arquitetos e designers têm recorrido aos biomateriais, elaborando espaços que não apenas encantam visualmente, mas que também têm um compromisso positivo em relação ao meio ambiente.
biomateriais: O mais recente de arquitetura e notícia
Toque natural: biomateriais em revestimentos de interiores
Mapeando o futuro da arquitetura e dos materiais de construção derivados do cânhamo
Nos últimos anos, o foco em materiais sustentáveis, alinhados à agenda ecológica e de baixo carbono se intensificou na indústria da arquitetura. Em meio a esse interesse, a arquitetura derivada do cânhamo está gradualmente ganhando força e escala global. Materiais à base de cânhamo surgiram como uma alternativa favorável aos industrializados tradicionais, apresentando uma infinidade de benefícios que poderiam revolucionar a indústria da construção. Apesar de sua grande promessa, vários obstáculos impedem a adoção generalizada do cânhamo, inibindo seu potencial transformador na indústria da construção.
Conheça o cimento comestível: material inovador que utiliza resíduos alimentares na construção civil
Adicione folhas de repolho, cascas de laranja, cebola, banana e alguns pedaços de abóbora para obter... cimento. Isso mesmo, pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, desenvolveram uma técnica por meio da qual é possível produzir cimento a partir de resíduos alimentares. A iniciativa inovadora, além de ser utilizada na construção, é literalmente comestível. Ajustando sabores e utilizando alguns temperos, o cimento quebrado em pedaços e fervido pode se tornar uma bela refeição.
Natureza e tecnologia: paredes que podem cultivar plantas
A relação da arquitetura com a natureza é complexa. Se, por um lado, buscamos paisagens naturais para emoldurar, por outro, tentamos a todo custo evitar patologias causadas pela presença de raízes e folhas em nossas paredes e estruturas. Ao mesmo tempo que lançamos mão de tetos verdes, jardins verticais e floreiras para aproximar as cidades da vegetação e melhorar o conforto das pessoas, nos conformamos em construir edifícios com materiais completamente dissociados da fauna e flora. Ainda que a revolução com os biomateriais e novas tecnologias esteja mudando isso aos poucos, devemos nos perguntar se as estruturas e edifícios precisam necessariamente estar separados da natureza em que se apoiam. Foi essa dúvida que motivou os pesquisadores da Universidade da Virginia (UVA) a desenvolverem estruturas geometricamente complexas impressas em 3D feitas de solo, onde as plantas pudessem crescer livremente.