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Arquitetos: Mandai Architects
- Área: 131 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Yasuhiro Takagi
Um senso de espaço público incorporado em uma antiga casa - Este projeto trata-se da reforma de uma casa em Kyoto, originalmente construída há cerca de cem anos, herdada e habitada de geração em geração. O local consistia em um rico jardim que havia sido mantido ao longo dos anos, com uma casinha de dois andares em estilo japonês situada no centro.
A casa é propriedade privada mas, como esteve neste local durante muito tempo, tornou-se essencialmente parte da vida de várias pessoas, adquirindo assim um curioso ar de espaço público, mais aberto e acolhedor do que qualquer casa. O objetivo, portanto, foi criar um novo estilo de vida, preservando esse ambiente que tem sido acarinhado pela cidade e seu bairro.
Uma estrutura que gera novas conexões - A residência foi feita para um casal de aposentados, mas o que os clientes desejavam era uma casa onde as pessoas pudessem se reunir. Uma vez que as extensões da casa original foram adicionadas e renovadas para acomodar as mudanças no estilo de vida, foi tomada a decisão de construir cinco espaços em madeira, deixando apenas a casa principal de dois andares no centro. Cada ambiente é construído em correspondência com o jardim.
Uma sala de estar cercada por árvores, uma cozinha com pé-direito alto por onde entra a luz do sol, uma sala de chá posicionada como um anexo ao lado das árvores nativas, uma escada cheia de luz e um estúdio com vista para o céu estrelado e um banheiro permeado por suaves raios de luz – estas cinco estruturas em forma de beirais, ao mesmo tempo que servem de interface para conectar a antiga casa ao jardim, são também novos elementos que sustentam a casa principal existente. Como resultado, o primeiro nível da casa principal fica livre da necessidade de paredes resistentes a sismos. As extensões inclinadas, que por si só seriam consideradas como um elemento adicional, criam uma nova sensação de abertura em todo o volume.
Fragmentos de impressões espalhados pelo local - Enquanto toda a estrutura é composta pela casa principal / novos beirais / e o antigo jardim, uma variedade de gestos sutis foram definidos para dissolver essa estrutura. A antiga escadaria, o antigo alpendre e os móveis estão dispostos de maneira que atravessam os limites entre as áreas existentes e novas. Além disso, materiais existentes, como acessórios antigos e objetos de iluminação, são usados nas áreas recém-construídas, além disso, as pedras e árvores do jardim existentes são plantadas no jardim recém-criado.
Ao trabalhar o jardim, a arquitetura e o mobiliário com igual importância, os fragmentos do ambiente que se desdobram em todo o terreno centrado na espaçosa casa principal e são reeditados em várias camadas sobrepostas que podem ser observadas por toda parte. Por exemplo, uma relação em que “uma antiga azaleia se ergue para além do novo jardim, vista através dos móveis de madeira do quarto das crianças que foi instalado no novo beiral e que se acessa pelo portão existente”. Ao fazê-lo, serão gerados novos pontos de contato em resposta às impressões que várias pessoas tiveram desta casa, dando origem assim a um novo tipo de “open house”.
