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Arquitetos: Así! Arquitectura
- Área: 30 m²
- Ano: 2021
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Fotografias :Ramiro Sosa
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Fabricantes: ACINDAR, ALSAFEX, AutoDesk, CABLES ECOFLEX, DEMARTIN HNOS, GRAPHISOFT, LASER HOUSE, Lumion, VITREX
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto está localizado em um bairro urbano bastante consolidado, em uma rua movimentada ao sul da cidade do Paraná, Argentina. Inicialmente, o local era uma área pouco desenvolvida e despovoada na qual foi erguido um pequeno templo, com telhado de duas águas e torre lateral. Entretanto, com o passar dos anos, a cidade cresceu e o mesmo aconteceu com seu entorno imediato construído. O templo inicial era pequeno demais para a demanda que deveria atender, por isso, um volume maior foi construído ao lado dele. Numa terceira fase, foram construídos um salão paroquial, salas de aula e outras dependências e, face a tal crescimento, o pequeno templo inicial passou a abrigar instalações sanitárias para todo o conjunto, degradando o seu simbolismo e história.
Diante disso, a implantação e forma do Oratório San Peregrino busca reivindicar e reavaliar o simbolismo e o sentido original, posicionado no átrio do primeiro templo. A forma da capela foi criada como um prolongamento do templo original com cobertura dividida em duas partes que procura simbolizar o crescimento e a presença da comunidade religiosa no bairro. A cobertura transforma-se em uma só, de forma a aumentar a escala, dar prioridade ao novo acesso e conferir uma imagem mais contemporânea. É recuperada a torre original (setor onde funcionava recentemente o banheiro para pessoas com diferentes capacidades) e elevada a sua altura, o que procura aludir ao crescimento espiritual da comunidade. No interior do oratório, esta torre abre-se por meio de vergas diagonais aumentando o espaço de utilização e integrando os dois volumes espaciais.
O espaço interior procura ser uma pausa dentro do ritmo convulsivo dos movimentos do entorno e da vida cotidiana, recriando um ambiente de calma e paz. Uma área despojada, onde a luz é a protagonista principal e os presentes encontram reclusão é resolvida com uma concha que envolve totalmente o espaço e deixa apenas uma fenda zenital para a entrada da luz natural, estrategicamente posicionada na cruz simbolizando a iluminação espiritual. A luz solar foi estudada, garantindo que essa entrada de luz estivesse presente na maior quantidade de tempo. Além da luz, a chuva entra também por esta abertura mencionada, como as intempéries que estão sempre presentes no caminho do peregrino agora protegido pelo espaço espiritual do oratório. A materialidade tenta acompanhar esse simbolismo de proteção através de um envoltório rústico de concreto e um piso de pedra que simbolizam um lugar de refúgio para o peregrino. A torre é materializada em branco liso, contrastando com o anterior.
