Casa Sagarana / Estudio Pedro Haruf + Cristiane Salles Arquitetura & Design

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Fomos chamados pelos clientes para desenvolver um projeto que segmentasse o imóvel da família, de forma que a casa dos anos 60, continuasse servindo como sua residência, mas que abrigasse um espaço comercial, a ideia era criar, nas palavras da cliente, “Uma casa de Yoga, de terapias, um local para um retiro urbano, um lugar de acolhimento, de trocas”.

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Pela conformação da casa, parte da fachada, o subsolo e o quintal eram os espaços possíveis para comércio e serviços, mas teríamos que lhe dar com pouca área, acesso por um corredor lateral extenso e limitação de pé direito. Além disso, essa divisão em dois espaços distintos ainda gerava o desafio de manter espaços amplos, com privacidade, garantindo iluminação e ventilação naturais a parte residencial.

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Como primeiro movimento, de tirar o trabalho de dentro de casa, transformamos a fachada da casa original em duas, cada uma com seu acesso e projeto individual, distinguindo e separando completamente os dois usos. 

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Para a parte comercial, usamos o quintal para criamos um pavilhão em madeira que ampliou em 100m² o espaço útil. A conformação desta nova edificação também foi essencial para criar uma grande sala de yoga que fosse generosa tanto em espaço como em aberturas, características que não conseguiríamos alcançar na edificação existente.

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A busca da atmosfera de retiro urbano orientou o projeto na definição de sua materialidade. 

A utilização das lajotas de cerâmica, madeira e bambu, junto com um projeto de paisagismo fazem desse espaço um oásis em meio a cidade. Ainda criamos um corredor sensorial, completamente em pintura epóxi azul, é uma espécie de portal, marca a entrada do usuário neste mundo a parte da cidade, um local para se desconectar com o mundo externo.

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A estratégia do corredor sensorial também foi importante para resolver o longo corredor de acesso, dividimos esse corredor em duas partes, sendo a primeira o corredor azul e a segunda a rampa que vence o desnível dos pavimentos. Nesta segunda parte, a lajota, o pergolado em madeira e esteira de bambu e o suporte metálico para trepadeira e vasos integra o espaço tornado a passagem parte do ambiente. 

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Tratamos as aberturas para possibilitar privacidade tanto no comercial quanto no residencial. No comercial, o novo pavilhão recebeu esquadrias móveis em bambu que permitem controlar a visibilidade para as janelas do espaço residencial. Quando fechadas as esquadrias de bambu, uma abertura zenital linear traz luz natural para a sala de yoga. 

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No residencial, jardineiras abaixo das janelas irão filtrar o que é visto com o crescimento das plantas. Um pequeno pátio foi projetado para que aumentasse a quantidade de luz e ventilação entrando na casa, e na fachada frontal, aumentamos a abertura com uma grande porta de vidro translucido.

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