Casa AC / DCN Estudio

Casa AC / DCN Estudio - Mais Imagens+ 23

Adrogué, Argentina
  • Arquitetos: DCN Estudio; DCN Estudio
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  350
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2015
  • Fotógrafo
    Fotografias:Federico Cairoli
  • Arquitetos Autores: Sebastián del Campo, Norberto Nenninger
  • Colaboradores: Arq. Pilar Gondell – Arq. Andrés Palazzo - Emilia Calleja – Arq. Carolina Arias
  • Assessores: Engenharia estrutural - Hector Sepliarsky / Construção - Arq. Marcelo Fontana
  • Arquiteto Encarregado: DCN Estudio
  • Cidade: Adrogué
  • País: Argentina
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Restrições e preexistência

O terreno, localizado em um beco sem saída, é um espaço rodeado por grandes árvores que transforma-se em inexoráveis preexistências. A lei aplicada ao lote permite construir, devido aos recuos exigidos, sobre um espaço de 14 por 14 metros em dois pavimentos de altura como gabarito máximo. Por questões dimensionais, as demandas de uso foram materializadas em uma volumetria que constrói os limites do gabarito permitido. Surge um desafio: como trazer ar e espaço para uma planta profunda desde a definição do projeto?

A resposta se encontra na disposição de uma série de vazios que cumprem o duplo papel de organizar os diferentes espaços funcionais, e relaciona-los ao arvoredo preexistente. Assim, por exemplo, o vazio de acesso foi posicionado de forma tangente à árvore na frente, o hall é arejado como um pátio que mira a outra importante árvore sobre a lateral, e a galeria é recortada para dar lugar a uma árvore mais ao fundo do lote.

© Federico Cairoli
Planta - Térreo

O vazio como matéria

O projeto opera com o vazio como matéria excludente da organização formal. Atendendo às decisões gerais, contextuais e de uso, modela uma sucessão de espaços que se relacionam ora em planta, ora em corte. Esta forma de organização formal-espacial, encontra-se apoiada visualmente a partir do uso de diferentes materiais de acabamento. Assim, uma peça revestida em chapa constrói o acesso principal contendo uma escada no vazio do hall revestida em madeira, que atua como figura sobre o fundo branco das paredes que a contém.

Estas decisões formais apoiam-se em um pretendido ocultamento da estrutura, que se constrói em diversos materiais segundo sua posição relativa. Dessa forma, quando se encontra no interior das paredes brancas é construída em concreto armado, enquanto vincula-se a materiais lineares como os perfis de marcenaria, materializando-se com perfis metálicos laminados.

© Federico Cairoli

O sólido e a membrana

Uma organização volumétrica sólida, que recebeu intervenções apenas com operações de perfuração, sobrepõe-se no primeiro pavimento um sistema de fechamentos metálicos contínuos, que cobre todo o pavimento. Ele se manifesta unificado por sua materialidade (uma chapa que passou por um processo de oxidação), e diferenciado por sua função: é, ora um revestimento de chapa lista sobre as paredes, ora tela de chapa perfurada que contém o sol da tarde no dormitório principal, ora como veneziana perfurada que fecha o envoltório e contém visualmente os espaços íntimos em dormitórios e banheiros.

© Federico Cairoli

Os limites difusos

A organização de pátios, vazios e lugares de uso determinado força uma pretendida continuidade visual entre os espaços. Os pátios envidraçados em todo seu perímetro vinculam-se por contato com espaços abertos que permitem uma perspectiva ampla, gerando, assim, um sistema de visões cruzadas no qual os limites ficam difusos e dotam de profundidade os diferentes ambientes.

© Federico Cairoli
Cortes

Revestimento e cor

A realização do projeto centrou-se na investigação sobre as capacidades do revestimento, utilizando-o como material construtivo da obra, capaz de gerar diferentes experiências interessantes. Nesse sentido, a utilização da cor torna-se fundamental como meio para a diferenciação das diversas peças formais e funcionam da obra, assim como para o manejo de suas proporções. Assim, os revestimentos de cores escuras foram utilizados para ressaltar o primeiro pavimento, em alguns casos e outros, como no acesso semi-coberto, para reforçar a sensação de profundidade que cria a subtração realizada na massa. A chapa passivada marcará então, o perímetro do primeiro pavimento, adquirindo a dupla função de veneziana e de revestimento dependendo do caso, situação que será demarcada pelo cinza do parapeito das janelas, quando ao abrir as venezianas, a peça que se encontra por trás delas continua sendo reconhecida como separada do térreo. No interior, a escada totalmente revestida em madeira marcará o acesso ao pavimento superior, antecipando uma mudança de materialidade no piso, que anunciará a madeira, diferenciando-se da cor cimentícia do piso do pavimento inferior.

© Federico Cairoli

Galeria do Projeto

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Sobre este escritório
Cita: "Casa AC / DCN Estudio" [Casa AC / DCN Estudio] 24 Dez 2016. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/801500/casa-ac-dcn-estudio> ISSN 0719-8906

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