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Arquitetos
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Localização
Monterrey, México -
Arquiteto Responsável
David Pedroza Castañeda -
Área
321.0 m² -
Ano do projeto
2014 -
Fotografias

Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma casa para pessoas com cachorros requer uma grande quantidade de espaço aberto, sobretudo quando os moradores são grandes fãs de plantas e de atividades ao ar livre.

O terreno - de 12 m por 18 m - deixa possível uma solução radicalmente simples: um projeto de cheios e vazios que ocupa metade do lote, deixando a outra metade para os espaços externos.

A metade construída é a casa que se volta para o vazio, que são os jardins, reforçando uma inter-relação entre as duas metades que se estende às dimensões do espaço.

O pavimento térreo se livra de paredes desnecessárias para integrar completamente a casa e o jardim. O mesmo esquema de desobstrução é possível no pavimento superior através da conexão dos quartos e a sala de estar com a ajuda de grandes portas deslizantes. Ambos os pavimentos são visual e funcionalmente conectados com o jardim através de grandes superfícies deslizantes em vidro.

A reciprocidade dos espaços internos e externos, somados com o uso mínimo de divisões internas acabam por transformar o projeto em um grande loft, onde um grande espaço contínuo se estende horizontalmente e verticalmente, relacionando o exterior e o interior.

A partir do interior, é possível perceber um projeto bastante simples, um volume prismático construído em concreto e vidro que se volta ao jardim.

Do exterior é possível presenciar que a ideia inicial se torna mais complexa quando se leva em conta as particularidades do terreno.

A rua inclinada força o projeto a utilizar a diferença de nível como uma oportunidade de enterrar a garagem, uma peça que poderia bloquear a vista e ocupar um espaço significante no térreo.

Sua cobertura é utilizada para criar um terraço que serve como extensão do jardim e também da sala de estar. A sucessão de espaços abertos é coroada com um solário, de onde é possível apreciar as belas vistas do icônico “Cerro de la Silla”.

A disposição dos terraços, escadas e espaços de estar criam uma imagem zig-zag que se torna ainda mais forte com a presença da grande viga que se torna guarda-corpo.

A casa pretende transmitir uma imagem simples com elementos industriais que resolvem restrições orçamentárias. O uso de paredes rebocadas e estucadas servem de pano de fundo natural para as plantas e demais elementos do paisagismo, contrastado com o fundo de concreto das escadas, pisos e certas paredes.

O toque industrial é acentuado com o uso de metal expandido nos guarda-corpos e a escadaria linear, que serve como ponto focal dos espaços externos. Essa escadaria, no futuro, irá conectar o jardim e o solário com um grande terraço de cobertura que ampliará os espaços externos da casa.

O gesto da fachada, com os jardins e terraços correspondem à topografia e permite disfarçar que o projeto é apenas uma ideia simples que alcança uma excelência em espaços internos e externos com o mínimo uso de materiais e recursos.