

Descrição enviada pela equipe de projeto. Voltado ao futuro sem perder de vista o passado, o Primeiro Edifício — sede da Fase 1 do Centro de Preparação para Manufatura Avançada (AMRF) — é um espaço colaborativo entre governo, indústria e pesquisa para incubar projetos inovadores de manufatura. Como o nome indica, trata-se também do primeiro edifício projetado para a nova cidade de Bradfield e para a região do Aerotrópole, o novo distrito urbano destinado a transformar o oeste de Sydney. Este ambiente de trabalho singular abriga um centro de visitantes e áreas públicas de observação concebidas para acompanhar, em tempo real, o desenvolvimento da mais nova cidade sustentável e conectada da Austrália. Com um desenho informado pelas pesquisas culturais da agência de design indígena Djinjama, o Primeiro Edifício celebra a fluidez e a natureza efêmera da água na Cumberland Plain. Ele restabelece a permeabilidade do terreno, coletando e filtrando a água da chuva do edifício e do sítio por meio de uma paisagem densamente plantada com espécies nativas da Cumberland Plain e estruturas hídricas.

UM PAVILHÃO URBANO ÚNICO NO LOCAL — Pensado em diálogo com os campos e renques de árvores existentes, mas também como um pavilhão urbano no futuro contexto da cidade, o Primeiro Edifício é uma construção em escala humana que funciona como espaço público, oferecendo respiro em meio à densidade do tecido urbano circundante. Como o primeiro edifício da cidade de Bradfield, estabelece um referencial a ser seguido — guiado pelo princípio de ser conectado, verde e avançado. Promove um design enraizado no lugar e conectado ao Country. Na língua Dharug, a área que abriga o Aerotrópole é chamada de Wianamatta, que significa “Lugar-Mãe”. É um território de grande significado para as mulheres das Primeiras Nações, algo refletido na expressão arquitetônica aberta e acolhedora do edifício: uma linguagem pautada pelas ideias de água e fluidez e pelo uso de materiais naturais, quentes e suaves, que tocam o solo com leveza.

FORTALECENDO A IDENTIDADE E A FUNÇÃO ECOLÓGICA — O Primeiro Edifício demonstra como paisagens urbanas contemporâneas podem representar, ser informadas por e valorizar a ecologia e as características naturais existentes. Ele celebra a Cumberland Plain do oeste de Sydney ao imergir pessoas e atividades em um plano térreo permeável, intensamente plantado com espécies locais pouco utilizadas. Esse gesto desempenha um papel fundamental na restauração da identidade ecológica do sítio e estabelece um precedente importante para o desenvolvimento futuro da região do Aerotrópole. A água e sua gestão têm grande relevância para este local e para seu contexto mais amplo. O Primeiro Edifício adota uma abordagem holística ao captar e armazenar água da chuva para uso em águas cinzas e irrigação da paisagem. Corpos d’água existentes — incluindo o mais longo riacho de água doce da Grande Sydney — serão regenerados para promover biodiversidade, desacelerar o escoamento e permitir filtragem natural no solo, beneficiando a saúde do curso d’água.

ECONOMIA CIRCULAR NO CENTRO — Para Danièle Hromek, da Djinjama, projetar o Primeiro Edifício representa “uma oportunidade imensa através do tempo e do espaço”. Em sintonia com essa visão, o projeto responde a uma questão essencial: o que acontece quando o edifício cumpre sua função e não é mais necessário? Aqui, o conceito de economia circular foi incorporado desde o início. O edifício foi concebido como um “kit de peças”, com estrutura de madeira composta por componentes modulares pré-fabricados, unidos por fixações mecânicas. Esses elementos podem ser desmontados, ampliados ou até realocados, garantindo longevidade, flexibilidade e responsabilidade ambiental.





