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Arquitetos: ultralocal architectes
- Área: 450 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Paul Dussault
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Fabricantes: Arriscraft, Artbeton, Béton Johnstone, Journault Jourplex , Juste Du Pin
Descrição enviada pela equipe de projeto. No final de 2020, a La Seigneurie procurou arquitetos para realizar uma grande renovação e expansão de seu edifício no bairro Beauport, na cidade de Québec. O pedido inicial era dobrar a área existente adicionando um segundo andar. No entanto, no início do processo de projeto, a equipe propôs uma abordagem diferente e mais significativa: expandir horizontalmente em vez de verticalmente.
Essa expansão lateral ofereceu mais do que apenas espaço adicional. Proporcionou a oportunidade de repensar completamente a experiência do usuário e reorganizar o programa da edificação. A nova configuração permitiu um fluxo mais claro e intuitivo, enquanto cuidadosamente coreografava as transições entre espaços projetados para apoiar uma ampla gama de emoções — desde o luto e a solidão até a reunião e o conforto. A arquitetura estabelece uma linguagem distinta enraizada na suavidade e calor, seja através da presença de luz natural, materiais táteis ou da integração de áreas verdes.
Um corredor interno linear agora percorre a fachada principal do volume existente, conectando os novos espaços em ambos os andares. Alinhado com janelas do piso ao teto e pontuado por jardins internos, este corredor luminoso se torna a espinha dorsal do projeto, guiando sutilmente os visitantes em direção ao coração da extensão. Cada transição foi cuidadosamente projetada para oferecer momentos de paz, permitindo que os visitantes escolham pausar, refletir ou simplesmente passar pelo espaço em seu próprio ritmo.
A luz natural desempenha um papel central em todo o espaço. A luz solar direta e indireta anima texturas cruas e detalhes arquitetônicos, trazendo suavidade e profundidade à atmosfera interior. O resultado é um espaço que se sente acolhedor, fundamentado e vivo. Em colaboração com a Perron Design, a arquitetura de interiores abraça curvas como meio de continuidade e calma. Esses gestos, tanto sutis quanto expressivos, imbuem o espaço com um senso de significado e ressonância emocional.
No coração da planta, uma generosa abertura circular esculpida no piso e coroada por uma claraboia cria uma forte conexão espacial e visual entre os níveis. Este vazio central se torna uma zona de transição entre funções, permitindo que usos diversos coexistam enquanto permanecem distintos. No segundo andar, ele se abre para um terraço ao ar livre mobiliado — um espaço para desfrutar do ar fresco e da luz natural, ou para estender funções sociais da sala de recepção durante os meses mais quentes.
A expansão programática inclui uma sala de meditação com vista para o céu projetada para cerimônias, uma grande sala de reuniões que pode ser subdividida conforme necessário, com lounges familiares, salas de consulta privadas, uma área de recreação para crianças e um novo columbário que dobra a capacidade existente. Enquanto o térreo permanece quieto e contemplativo, ideal para reflexão e lembrança, o andar superior oferece uma atmosfera mais quente e social, centrada em um espaço de recepção projetado para unir as pessoas.
Ao redor do volume, o paisagismo reforça a sensação de cuidado e unidade. As áreas de estacionamento foram discretamente incorporadas à malha externa e suavizadas por ilhas verdes e arborização, enquanto novos percursos pedonais conduzem os visitantes da rua até a entrada com naturalidade, emoldurando vistas e enriquecendo a experiência de chegada. Esse projeto sensível e profundamente humano foi reconhecido com o Prix d’excellence en architecture pelo Ordre des architectes du Québec, em maio de 2025.
