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Arquitetos: Atelier Ose Architecture
- Área: 49 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Vladimir Jamet
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Fabricantes: Doerken, Piveteau bois, Schneider, WISA, Wicona

Descrição enviada pela equipe de projeto. Para este projeto, situado entre o conjunto habitacional Clos Saint-Martin e o centro histórico da vila, foi dada especial atenção ao contexto histórico do local. O terreno reúne uma série de edificações antigas, construídas de forma gradual ao longo do tempo, tendo como ponto de referência uma capela de pedra que funciona como elemento central.

O projeto desenha uma sequência precisa em torno dos edifícios patrimoniais, conectando jardim, terraço e salas por meio de vidro e madeira. Apoiados sobre pilotis, os novos volumes acompanham a inclinação natural do terreno e se abrem para a encosta arborizada e o rio Sèvre Nantaise ao fundo. Cada gesto busca calibrar as relações entre antigo e novo, interior e jardim, proximidade e distância.

Primeiro, o hall de recepção — envidraçado em ambos os lados — se abre de forma transparente para o jardim. Adiante, uma galeria também envidraçada se estende até o terraço externo, conduzindo ao espaço do escritório, que se beneficia de vistas panorâmicas singulares. A sequência culmina em uma ampla sala de jantar, com entrada independente.


A extensão se apoia sobre uma estrutura de madeira, acompanhando a inclinação natural do terreno em vez de nivelá-lo. Como casas na árvore, três volumes suspensos e fragmentados — cada um com uma função específica — tocam o solo com leveza, preservando seu fluxo contínuo e criando um contraste marcante com as massas sólidas dos edifícios históricos. O revestimento de madeira vazada revela trechos das estruturas de pedra originais, permitindo que o passado se insinue através do novo.

Os telhados de uma água se elevam em cada extremidade, inclinando os ambientes em direção à paisagem aberta. Amplas janelas em alumínio enquadram as vistas da encosta e do rio Sèvre Nantaise, tornando a orientação parte essencial do projeto, e não um gesto secundário. O escritório ocupa a posição privilegiada do conjunto, enquanto a sala de jantar delimita a sequência como espaço social ancorado na paisagem.


Cada conexão respeita a capela e as construções adjacentes, preservando-as intactas enquanto tece o percurso cotidiano — do hall à galeria, da galeria ao escritório, do escritório à sala de jantar — sempre em diálogo com o jardim. À noite, as sombras animam o revestimento e os pilares desenham silhuetas precisas sobre o solo. Do terraço, a sequência se revela serena e nítida, em harmonia com a inclinação e as vistas do terreno.






















