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Arquitetos: OODA
- Área: 6000 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG

Descrição enviada pela equipe de projeto. Destacando-se pela sua singularidade na paisagem que se prolonga até ao mar e beneficiando de um quadro visual e sensorial único, a torre rege-se, na proporção e dimensão, pelas existentes na Pasteleira, implantadas a Norte, mas isola-se pela sua abordagem temática e de linguagem. A composição volumétrica é fruto duma arquitetura integrada com a ambição de desenvolver tipologias de habitação com mais de 200 metros quadrados de varanda.


No topo do pódio, surge um volume vertical com 15 andares, paralelo à estrada e com aproximadamente a mesma altura das torres naquela zona. Ao posicionar o edifício na parte mais central do terreno, garante-se um espaçamento máximo para todos os edifícios adjacentes. Evidenciando uma matriz estruturalista e com uma secção vertical dendriforme, o edifício é adaptável à otimização das tipologias. Os pisos, organizados com uma ou duas habitações, constroem um discurso espiralado onde a aparente rotação e modelação dos terraços a 360 graus lhe imprime uma verticalidade referencial e formal.


Cada habitação está dotada de individualidade e identidade distinta, com um jardim próprio. Para melhor atender à singularidade do projeto e evitar a sensação de 'dejá-vu', a torre ganha algum dinamismo deslizando as lajes horizontais na área da varanda. Estas varandas criam tanto o tema de conceito como a oportunidade do exercício plástico e escultórico, concebidas em betão.


Entre a fluidez dos espaços comuns que se perdem na relação interior-exterior e no horizonte longínquo, e a compartimentação dos quartos, os usos são conotados pela exceção. No piso térreo, um átrio associado ao ginásio e outros usos comuns estabelecem continuidades com o solo vegetal e natural. Um microclima com biodiversidade está presente na vegetalização desejada. Entre um revivalismo que evoca a torre e as noções de espaço total como vida total, capazes de absorver o ambiente que a rodeia, obtém-se uma imagem vigorosa e orgulhosa da sua escala.

A Torre de Miramar é quase uma tempestade perfeita, no lugar onde cresci e numa paisagem na qual nunca imaginei vir a desenhar e acrescentar uma torre. Aqui, precisaríamos de 50 promotores até conseguirmos encontrar alguém que, com o arrojo e ambição suficiente, aceitasse desenvolver tipologias de habitação com mais de 200 metros quadrados de varanda. Numa torre de forte vocação estética, são estas varandas panorâmicas e dinâmicas que criam tanto o tema de conceito como a oportunidade do exercício plástico e escultórico que se concebeu integralmente em betão. (…) Desejámos algo potencialmente irrepetível…uma escultura habitável.





























