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Arquitetos: IDEIA1
- Área: 12522 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Roberta Gewehr
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Fabricantes: Alusistem, GRAPHISOFT, Portinari, Sherwin-Williams

Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado no Parque Una, bairro planejado na cidade de Pelotas, o edifício Vanguarda foi concebido para integrar arquitetura, cultura e natureza. De uso comercial, o projeto se ancora na parceria com a tradicional livraria pelotense que dá nome ao empreendimento, trazendo uma identidade cultural marcante ao novo tecido urbano.

Com volumetria simples, a edificação busca se alinhar à escala dos vizinhos, estabelecendo uma relação harmoniosa com o entorno. Pousado sobre uma base ativa voltada à rua, o corpo do edifício se organiza em três volumes sobrepostos de alturas decrescentes, configurando uma grande barra. A distinção entre os blocos é marcada por diferentes tratamentos de fachada e por negativos que reforçam a separação entre eles.

Um dos gestos compositivos principais é o recuo do último volume, que se projeta para dentro do lote e conforma um amplo terraço voltado para o parque, além de marcar o coroamento do edifício. O programa foi pensado como um percurso cultural. No térreo, lojas comerciais se distribuem ao longo do passeio, sendo a principal delas a sede da Livraria Vanguarda. Ao lado do hall de acesso, a "Sala dos Escritores" funciona como lobby, espaço expositivo e memorial temático.


Nos pavimentos superiores são distribuídas salas comerciais de 28 m² a 54 m². Do 4º ao 11º andar, organizam-se os dois primeiros blocos; entre eles, um pavimento intermediário abriga salas com varandas voltadas ao parque. No 12º andar, além de novas unidades, está localizado um espaço cultural com salas de reunião e um terraço-mirante. Já os 13º e 14º pavimentos retomam a lógica modular das salas comerciais, mantendo a flexibilidade e a repetição estrutural dos andares inferiores.


A fachada foi resolvida de forma modular e racional, conferindo sobriedade à composição. A alternância entre cheios e vazios, associada à tonalidade escura das esquadrias e seus peitoris em negativo, cria ritmo e elegância, preservando a pureza volumétrica do conjunto. A base, com tratamento mais escuro, contrasta com o corpo claro do edifício.

A modulação das esquadrias foi concebida para permitir a junção das salas, favorecendo a flexibilidade do uso. Essa lógica é reforçada pelo posicionamento estratégico das prumadas de sanitários, agrupadas de duas em duas, otimizando o layout das unidades. O Vanguarda busca se afirmar como um símbolo de modernidade e funcionalidade no contexto urbano de Pelotas — um marco no processo de renovação do bairro e da cidade.

















