
- Ano: 2024
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Fotografias:Javier Agustín Rojas
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Fabricantes: Holstein

Descrição enviada pela equipe de projeto. A exposição "Ideias Fixas" da artista Cecilia Szalkowicz, com curadoria de Mariano Mayer, reúne fotografia, escultura e arquitetura em uma única exposição, trabalhando em colaboração com os arquitetos Leticia Virguez Lalli e Gabriel Huarte do estúdio Mater para o design e desenvolvimento das peças.


Do subjetivo ao concreto e do concreto ao subjetivo. Do mundo da arte, o subjetivo. O experimental, o vivencial, a sensação, as intenções e o político. A enunciação. Do universo do simbólico, emergem os interesses, as buscas referenciais, a atmosfera, o atemporal.


A problemática evolui em forma de interrogação e o desafio se manifesta na maneira de apropriar-se de um grande vazio e expor uma obra. Nesta última instância, o espacial e o expositivo tornam-se o concreto.

Um desafio do universo técnico envolve aspectos como forma, estabilidade, peso, materialidade e movimento, elementos que dialogam diretamente com o performático. Completar o percurso de maneira circular torna-se, por si só, uma experiência sensorial e conceitual, que se esgota e se renova na medida em que permite a percepção da obra e o retorno ao subjetivo.

A busca projetual consiste em gerar uma parede que não seja apenas um dispositivo de montagem, mas que faça parte da obra em conjunto com as fotografias.

Doze peças de concreto com três modulações distintas se alinham para formar uma parede com extensão final de 10,50m por 3,10m de altura, com a intenção de refletir sobre o ato de expor imagens.

A singularidade de cada peça é definida por uma série de operações morfológicas que estabelecem relações tanto com as fotografias quanto entre si mesmas, em uma busca por equilíbrio que contempla simultaneamente o olhar para o particular e para a totalidade. Quebras, inclinações, marcas, texturas e símbolos atuam como registros visíveis desse processo.



A estabilidade das peças é assegurada por uma caixa de concreto armado que atua como viga estrutural, redistribuindo as cargas para quatro rodas giratórias. Simultaneamente, essa caixa adiciona um sobrepeso à base, deslocando o centro de gravidade em direção ao solo a partir do baricentro da peça. Esse arranjo permite a mobilidade segura dos elementos, viabilizando a experimentação de novas configurações espaciais do dispositivo em futuras ativações.


O material que compõe o dispositivo não foi uma mera escolha, mas uma busca orientada a satisfazer três prioridades: baixo custo, baixo peso e que permita ser conformável. Foram desenvolvidos quatro protótipos antes de alcançar as propriedades desejadas de consistência, estabilidade e acabamento superficial do material. Esses protótipos também serviram para explorar alternativas projetuais e morfológicas.


Uma armadura de aço, semelhante às utilizadas nos pilares de concreto, conecta o sistema estrutural da peça com a viga. Essa estrutura não só reforça a estabilidade dimensional do material, mas também contribui para sustentar os esforços de flexão gerados pelo movimento. O núcleo da peça é composto por tijolos compactos de EPS, que reduzem o peso em 50%, alcançando uma média de 600kg por elemento.

A construção do dispositivo foi realizada in-situ, transformando a sala em uma oficina de trabalho durante um período de três semanas.

















