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Arquitetos: Portal 92
- Área: 2177 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Niveditaa Gupta
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Fabricantes: ART N GLASS, Casa Aurum, Mobel Grace, Morii Designs, Nimrat Narang, Opulo, Stem, Stone X, Surface & Design Studio, Tagels, VitrA, White Lighting Solutions

Descrição enviada pela equipe de projeto. Aninhado nas encostas da cordilheira Shivalik, Índia, este é nosso mais recente projeto, Ekasham — uma reforma e reurbanização de residência privada, em uma área de 2177 m2. A casa, através de seus volumes, compostos por estruturas antigas e novas, se funde em uma silhueta singular: evocando a presença de um monólito, do qual o projeto deriva seu nome.

Entrelaçado à estrutura existente, encontra-se um santuário de descanso, discretamente oculto na parte posterior do térreo. Seu caráter espacial é marcado pela suavidade: paredes e teto nus se fundem com delicadeza, evocando a textura da pele. No coração do ambiente, uma parede curvilínea serpenteia pelo espaço, esculpindo ambientes que acolhem diferentes programas como spa e lounge. A sala de massagem reinterpreta o espaço necessário para a prática tradicional indiana, onde o corpo se aproxima do chão, promovendo uma experiência mais enraizada e sensorial.






Uma ampla superfície baixa e acolchoada foi construída para absorver até os movimentos mais vigorosos, oferecendo conforto e resistência. Ao lado, um banco de presença discreta, revestido com peças cerâmicas, resiste à absorção de óleos, oferecendo funcionalidade com elegância contida. No centro do espaço, uma banheira de hidromassagem circular e sem emendas ancora a composição, revestida com delicados azulejos e pedra natural. Um dreno personalizado, com aberturas duplas, controla com precisão o transbordamento. Em meio a tons suaves e materiais táteis, o teto de aço inoxidável escovado paira sobre o banho turco, impondo-se com silenciosa firmeza. Ao longo do espaço, os mesmos azulejos funcionam como uma ligação tátil sutil, deslizando pelos ambientes e pontuando as obras com leveza.






O nível intermediário abriga dois quartos e escritórios, cujas paletas distintas falam sobre a individualidade de seus habitantes. Esse contraste encontra equilíbrio no lounge compartilhado, criando um diálogo entre os dois espaços. O nível do terraço se revela como uma ampla área de entretenimento e recepção em planta livre, onde os espaços internos e externos se fundem sem esforço. A área interna, concebida como um refúgio de jogos, é ancorada por uma parede fluida revestida em pedra em uma extremidade e um bar embutido na outra. Sob os pés, um piso em verde-escuro com incrustações de latão e nuances contrastantes se estende pelo ambiente — ora delimitando espaços, ora convidando à convivência em torno da mesa de pôquer.


O espaço ao ar livre é concebido como uma paisagem social fluida, articulada através de assentos em várias configurações, com múltiplos nós para reunião. Aqui, o piso ocasionalmente dá lugar a padrões compostos por incrustações de acrílico, ecoando a suavidade de tapetes em um ambiente externo. O uso de brita e plantas locais cria uma paisagem natural que se mistura com uma lareira circular e uma churrasqueira. A proposta de horticultura no projeto buscou criar um ritmo assimétrico, incorporando diversas espécies nativas das encostas indianas.


As estruturas antigas e novas são suturadas através de um sistema modular de painéis de pedra, desdobrando-se como beirais que pairam acima de pátios e fendas que dissolvem o volume. Cada painel é composto por módulos de calcário perfurado de 40 mm de espessura, meticulosamente cortados por CNC e montados em uma estrutura oculta de aço inoxidável, permitindo que o painel pareça estar suspenso sem esforço.
