

Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado dentro da Reserva Santa Fe, o Pavilhão da Reserva emerge como um testemunho de um estilo de vida desejado, uma existência centrada no abraço íntimo da natureza, tudo convenientemente localizado a apenas minutos da agitada metrópole da Cidade do México.


Rodeado por um clima frio e úmido, adornado pela presença de um lago tranquilo e imerso na vasta extensão da floresta Otomí-Mexica, o projeto enfrentou muitos desafios. O principal deles foi conceber um projeto arquitetônico que pudesse refletir autenticamente o caráter de seu entorno natural.

A delicada estrutura do Pavilhão da Reserva, caracterizada por sua estrutura matizada e seus beirais em balanço com bordas angulares e cor verde acinzentado, dissolve elegantemente os limites do projeto, servindo como uma sutil moldura para os arredores naturais. Neste baile simbiótico, a estrutura arquitetônica organiza o espaço e gera um ritmo que reflete a essência de seu contexto. Simbolicamente, as janelas do projeto reinterpretam a grandeza dos sete lagos, inspirando-se na cosmovisão apreciada pelo povo Otomí.


Um compromisso inabalável com as considerações ecológicas define a essência do Pavilhão da Reserva, aspirando impulsionar a evolução da arquitetura autossuficiente. A orientação, geometria e especificações do projeto estão meticulosamente adaptadas para responder às condições climáticas únicas do local, ao mesmo tempo em que garantem o ótimo conforto térmico, acústico e luminoso.

Para alcançar isso, a abordagem de projeto se concentrou na integração e aplicação da proporção áurea, relação matemática inerente que esclarece o crescimento orgânico e harmonioso prevalecente na natureza. Abraçando a proporção áurea como princípio orientador, ela permeou cada aspecto do design e desenvolvimento do projeto, moldando a planta geral e informando até mesmo as sutilezas mais pequenas dos detalhes de marcenaria. Sua presença se tornou fundamental, trazendo uma sensação de coesão e ressonância em todo o projeto.

Estratégias de controle climático passivo e tecnologias inovadoras se integram de maneira fluida nos materiais de construção e sistemas, aproveitando eficazmente os ciclos de recursos naturais. Na busca por criar um projeto que alcance a autonomia completa, gerando seu próprio consumo de energia e atendendo às demandas hidráulicas, enquanto se adere aos rigorosos requisitos de rastreabilidade de materiais estipulados pela prestigiosa Certificação Living Building Challenge, foram empregadas uma série de medidas estratégicas. Estas incluíram a integração de células solares, um jardim urbano no telhado, bem como a incorporação de zonas úmidas e filtros de captação de água para aproveitar e otimizar este recurso vital.


Guiado por um fervoroso desejo de evitar materiais e produtos que contenham substâncias químicas prejudiciais tanto para o meio ambiente quanto para o bem-estar humano, o Pavilhão da Reserva está decidido a minimizar sua pegada de carbono. Um processo de seleção de materiais consciente respalda esse compromisso, promovendo a utilização de materiais de origem local que encarnem a consciência ambiental. Além disso, foi implementada uma meticulosa supervisão de recursos para garantir a utilização eficiente. Com o intuito de fomentar a sustentabilidade regional, impressionantes 50% dos materiais de construção foram adquiridos de fontes localizadas em um raio de 1000 quilômetros. Todos os elementos de madeira, sejam os produzidos no local ou de fornecedores certificados pelo Forest Stewardship Council (FSC), atendem aos mais altos padrões de sustentabilidade.


O Pavilhão da Reserva representa uma exploração inicial, convidando os usuários a embarcarem em uma jornada transformadora de descoberta experiencial, um testemunho das possibilidades e aspirações encapsuladas em um volume vivo e regenerativo. Ele convida as pessoas a mergulharem em um âmbito onde os limites entre o ambiente construído e natural se desfocam, remodelando, em última instância, sua compreensão do que realmente significa habitar e relacionar-se com os espaços.
