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Arquitetos: Volume Matrix studio
- Área: 1500 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Prayoon Tesprateep

Descrição enviada pela equipe de projeto. Brick Journey é um projeto arquitetônico que une conceito e forma, integrando diferentes usos e referências locais. O espaço abriga uma residência, um café e galerias de arte. A ideia surgiu da trajetória do proprietário — um médico com grande paixão por arte antiga. Como colecionador, ele viajou o mundo em busca de obras únicas. Sonhava com uma casa que fosse também um refúgio para sua coleção. O arquiteto respondeu a esse desejo criando uma narrativa espacial que estimula a descoberta. Um muro curvo atravessa o projeto, conduzindo e alterando os caminhos para criar a sensação de uma jornada — um convite para que cada visitante explore o espaço de forma pessoal.





Ao se aproximar do terreno, a entrada discreta e fechada chama atenção. Moldada pelo muro curvo, ela cria uma sensação de tensão e curiosidade, levando naturalmente à entrada. Acima dela, há um mirante — símbolo do encontro entre início e fim. Após cruzar esse limiar, o visitante encontra, à direita, um pequeno espelho-d’água e uma moldura vazia, um momento contemplativo valorizado pelo dono. Essa área abriga também um espaço multiuso para exposições temporárias e encontros, além de banheiros. Um pátio externo amplia esse ambiente, aproveitando a vista e a ventilação natural.


À esquerda do terreno ficam o café e a recepção. Um grande pátio sombreado por uma árvore antiga — que acompanha o dono desde a infância — dá o tom do ambiente. O café tem janelas do piso ao teto, que abrem a vista para o pátio e para as obras suspensas no interior. Um detalhe especial é o uso de portas antigas da coleção do proprietário, integradas ao projeto e unindo arte e arquitetura.


O segundo andar é dedicado às galerias. Uma escada leva a uma sala para exposições temporárias, voltada a obras menores. Dois volumes principais são conectados por uma passarela metálica, que leva ao mezanino do café. Nesse ponto, fica uma mostra de peças do subcontinente indiano. Ao virar ali, o visitante retorna ao espaço multiuso por uma escada Art Nouveau original. Quem segue em frente completa o percurso e retorna ao mirante elevado — o ponto final simbólico da jornada.


A arquitetura dá destaque ao tijolo. O material foi escolhido por sua ligação com a tradição construtiva antiga, quando o tijolo era amplamente usado. Ao empregar diferentes tipos e técnicas de alvenaria, o projeto ganha textura, profundidade e um caráter atemporal. Assim, o uso do tijolo torna-se uma metáfora para a própria jornada que constrói esta obra.

















