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Arquitetos: Utopia – Arquitectura e Engenharia
- Área: 250 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Ricardo Ramos
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Fabricantes: BRUMA, CIN, Capadrain, Cimentart, Cortizo, Deutsche FOAMGLAS®, Doka, Efapel, Giacomini, Hoermann, Imperalum, Indelague, Isolusa, JNF, Knauf, LUSOTUFO, Mapei, Preceram, Radcon, Robbialac, +4

O conceito. Este projeto visava integrar uma casa entre as árvores, assemelhando-se a um corpo que se dobra e contorce. Os espaços resultantes destas torções acomodam janelas e criam sombras, facilitando o arrefecimento natural da casa. Elevada do solo como uma estrutura plana, a casa beneficia em paralelo de uma interação térmica com a terra. A forma escolhida permite também uma ventilação a toda a altura e desfrutar das magníficas vistas. A engenharia e a arquitetura combinam-se com um objetivo unificado: viver em harmonia com a natureza.



O cliente. O cliente pediu uma casa que seguisse as diretrizes NZEB (Nearly zero energy building). Também pediu que não houvesse equipamento de ar condicionado ou ventilação mecânica. Ao mesmo tempo, solicitou que nenhum inseto ou pequeno animal pudesse entrar na casa enquanto as janelas estivessem abertas. Paralelamente, queria a casa no meio do ambiente natural. Por fim, queria que a pegada de carbono fosse mínima durante a vida do edifício.

O projeto. Apresentámos um projeto que mostra uma estratégia que produz mais sombreamento e mais ventilação natural. Foram utilizados apenas sistemas de arquitetura passiva. Acreditamos que as estratégias de energia passiva são baseadas no lápis dos arquitetos. Produzimos uma forma que protege o interior da radiação solar sem qualquer tipo de alta tecnologia ou domótica.



O sistema de casa passiva. O clima em Portugal está a aquecer. Precisamos de mais sombra nos edifícios. Não precisamos de mais equipamentos que consomem mais energia. Simplesmente colocámos as janelas no sítio certo para ficarem à sombra. Uma vez que as janelas estão a toda a altura e em diferentes fachadas, a ventilação ocorre naturalmente. No verão, temos ar condicionado gratuito a partir do ar que entra pelas janelas sombreadas. No inverno, as janelas estão fechadas, os raios de sol são mais baixos e podemos aquecer a casa naturalmente. Tudo isto foi feito com a colaboração entre a engenharia e a arquitetura. A beleza deve ser, portanto, eficiente e sustentável.


Um novo caminho para a sustentabilidade. Fornecemos uma nova estratégia aos sistemas passivos: a forma da fachada que produz sombras e que permite a ventilação natural. Paralelamente, utilizámos estratégias que já são utilizadas noutros projetos, mas que fazem todo o sentido neste caso: isolamento de cortiça no sistema ETICS (porque também é perfeito no caso de incêndios florestais no verão, tão problemáticos em Portugal), reutilização da água da chuva (a água está a tornar-se mais escassa em Portugal e é por isso a criação de um grande tanque no exterior). Também temos painéis solares que reduzem o consumo de energia da rede elétrica. Em geral, utilizámos os recursos naturais com extremo cuidado. O consumo de energia da casa é de 12 kWh/m2/ano. A avaliação do carbono durante todo o ciclo de vida é de 1.140 kgCO2 e/m2 . Esta estratégia prova que este caminho é uma nova e ótima opção para um desenvolvimento sustentável.






























