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Arquitetos: Atelier Alter Architects
- Área: 6800 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Highlite Images, Cyan & Orange Images

Descrição enviada pela equipe de projeto. Como líder na indústria chinesa de frangos de corte de penas brancas, o Grupo Sunner estabeleceu a maior cadeia industrial de criação e processamento de frangos do país. Em resposta a esse feito, o grupo planeja construir um museu do setor, que não apenas apresentará suas conquistas notáveis em ciência e tecnologia agrícola ao longo de quatro décadas, mas também funcionará como uma plataforma de intercâmbio de alto nível, tornando-se um centro dinâmico de conhecimento que impulsiona o desenvolvimento da agricultura moderna. O museu será implantado dentro da área fabril do Grupo Sunner, no Condado de Guangze, cidade de Nanping, na Província de Fujian. Localizado na extensão das Montanhas Wuyi, o entorno é rico em florestas e possui um ambiente ecológico agradável. Nessa região, o grupo estabeleceu um sistema de criação ecológica circular, com emissão zero de poluentes. Ao redor da base, as águas cristalinas do rio Futun contornam o terreno, enquanto a rodovia, a área residencial e as áreas reservadas estão organizadas de forma ordenada. A paisagem singular de montanhas e águas serviu de inspiração direta para o projeto arquitetônico.


Inspirados no conceito de "recriar a paisagem montanhosa", os arquitetos buscaram integrar o edifício de forma orgânica ao entorno natural. Três coberturas curvas, que se elevam suavemente do solo com leve inclinação, recriam o perfil ondulante das Montanhas Wuyi, formando pátios suspensos e ajardinados. O desenho interligado das coberturas garante que os espaços internos sejam independentes, ao mesmo tempo em que permitem um fluxo fluido de circulação. Ao subir até a cobertura, os visitantes têm uma vista panorâmica das montanhas, do rio e da área industrial.


O projeto das fachadas foi inspirado nas chapas metálicas dobradas usadas em muros de contenção. Placas de concreto dobradas foram utilizadas para criar uma textura marcante. As dobras variam de forma e função de acordo com a área: nas partes inferiores, remetem à solidez dos muros de contenção; já nos espaços públicos, como a entrada, combinam-se a fachadas de vidro, criando ambientes internos transparentes. As frestas entre as dobras permitem a entrada de luz e a visualização da paisagem, enquanto a textura diagonal facilita a drenagem da água da chuva e disfarça com elegância as grelhas de ventilação.



O salão principal de exposições é sustentado por quatro grandes paredes de cisalhamento em forma de silos, que integram diversas áreas expositivas em seu interior. Entre os silos, um átrio vertical de 25 metros de altura oferece um espaço livre de colunas, ideal para exposições de grande escala. Uma claraboia voltada para o norte proporciona luz natural suave ao ambiente. Pensando no clima quente e úmido de Fujian, o edifício conta com telhado inclinado para drenagem eficiente e cobertura vegetal espessa para isolamento térmico. A iluminação e a organização funcional foram planejadas de forma inteligente, com os equipamentos técnicos ocultos na laje do telhado, fazendo com que a edificação se assemelhe a uma colina verde.



Após sua conclusão, o Museu Sunner tornou-se um novo ponto de partida para o turismo industrial na região das Montanhas Wuyi. Durante o dia, ele apresenta os avanços da agricultura moderna, e à noite, sua cobertura é aberta gratuitamente ao público, integrando-se à vida dos cidadãos e representando de forma vívida o conceito de "simbiose entre arquitetura e meio ambiente". Este edifício redefine a relação entre construções industriais e a natureza, sendo uma expressão viva do desenvolvimento sustentável da agricultura moderna chinesa. Ele continuará contando a história do Grupo Sunner, tornando-se um capítulo marcante na cultura ecológica das Montanhas Wuyi.
