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Arquitetos: Yuko Nagayama & Associates
- Área: 1731 m²
- Ano: 2025

Descrição enviada pela equipe de projeto. O Pavilhão do Grupo Panasonic, intitulado A Terra de NOMO, foi projetado para crianças. Por meio de uma forma arquitetônica orgânica e fluida, o pavilhão busca refletir a imagem das crianças, cujos futuros permanecem indefinidos e em constante evolução. Enquanto o Pavilhão do Japão na Expo 2020 Dubai apresentou uma estrutura altamente sistematizada baseada na geometria, o Pavilhão da Panasonic explora uma abordagem estrutural que aparenta ser livre e orgânica.

O esboço inicial de Yuko Nagayama assemelhava-se ao desenho de uma criança, ambíguo e abstrato. Ele simbolizava as crianças como seres ainda em formação, que estão continuamente mudando e crescendo. Assim, a forma arquitetônica foi concebida como uma estrutura orgânica composta por pequenas unidades semelhantes a células que se agregam para formar um todo.

Baseada no tema "Circulação em 720 Graus", a estrutura é composta por um acúmulo de tubos de aço curvados tridimensionalmente, em formas que remetem a asas de borboleta. Esses tubos foram moldados utilizando maquinário especializado em conformação 3D. Três tipos de tubos de aço — com diâmetros de 38,1 mm, 45,0 mm e 48,6 mm — foram selecionados conforme as exigências estruturais. Um total de 1.404 módulos com seis formatos diferentes foram empilhados verticalmente em 20 camadas para formar arcos. Ao montar diversos arcos com quatro raios distintos, foi criada uma fachada dinâmica e irregular.

Para garantir a estabilidade estrutural, especialmente contra cargas críticas de vento, foram realizados testes em túnel de vento em conjunto com análises estruturais. O objetivo era identificar uma forma que fosse ao mesmo tempo eficiente do ponto de vista estrutural e expressiva visualmente. Cada módulo em forma de borboleta é revestido com uma membrana de organza com revestimento metálico por pulverização, que reage à brisa marítima com movimento constante. A cor da organza varia conforme o ângulo de visão, criando uma superfície dinâmica, semelhante à pele, que envolve toda a estrutura.

Além disso, o pavilhão incorpora materiais reciclados provenientes das próprias fábricas do Grupo Panasonic. Retalhos e resíduos como mármore artificial utilizado em sistemas de cozinha e folhas prismáticas usadas em televisores foram reaproveitados nos acabamentos internos e em luminárias, especialmente nas áreas de recepção. Esses elementos reciclados, junto aos motivos cíclicos representados pelas formas de borboleta, contribuem para uma fachada que simboliza o papel da humanidade como parte de um mundo em constante circulação. Assim como o Pavilhão das Mulheres, este edifício também já conta com um local para realocação após o encerramento da Expo e caminha agora para seu próximo ciclo de reutilização.








