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Arquitetos: Kazuto Nishi Architects, toitdesign
- Área: 221 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Masahiro Terada

Descrição enviada pela equipe de projeto. Este é um projeto para um café que será construído no centro da cidade e aberto à comunidade local. O cliente desejava criar um espaço onde as pessoas da região pudessem visitar com facilidade e fortalecer sua própria marca por meio deste edifício. O terreno está localizado em meio à agitação de uma cidade regional, cercado por grandes instalações, em um canto caótico onde se misturam atmosferas comerciais e industriais. Nesse ambiente urbano um tanto frio e árido, carente de elementos naturais, o arquiteto imaginou que uma arquitetura com força para expressar sua própria presença poderia gerar vitalidade e dar origem a um novo tipo de lugar.

A arquitetura busca incorporar a sensação agradável de estar em uma floresta e a força das árvores. Especificamente, a estrutura principal é feita de madeira, com os elementos estruturais e componentes de sustentação deixados expostos sempre que possível, concebidos para compor também a fachada — criando uma arquitetura que remete a um conjunto de grandes árvores com galhos e copas amplas no meio de uma cidade artificial.



Ao entrar no edifício, o teto revela uma estrutura marcante, semelhante aos galhos robustos que sustentam uma grande árvore. Além da madeira, o fundo é composto por uma paleta monocromática de branco e cinza, o que reforça a abstração da estrutura. Ao subir para o segundo andar, os galhos se subdividem, tornando-se mais leves e delicados.



Ao se desviar do código estético comercialmente padronizado deste local e reinterpretar a arquitetura como parte do ambiente natural, foi criado um espaço onde os visitantes podem desfrutar de um tempo mais relaxado e em sintonia com a natureza. O uso da madeira carrega também um significado além da composição espacial. Ao utilizá-la ativamente, o "ato de construir" passa a representar uma nova demanda por recursos florestais dentro de áreas urbanas que já se beneficiam das florestas, tornando-se parte do chamado “ciclo da madeira”. O carbono — que é a base do dióxido de carbono — permanece fixado na madeira.

Enquanto a madeira existir no edifício, ele pode ser considerado uma segunda floresta, uma floresta urbana, também do ponto de vista do armazenamento de carbono. Este projeto foi pensado com o desejo de que ele se torne um ponto de partida para refletir sobre a natureza da arquitetura para as próximas gerações, sobre a relação entre negócios e sociedade, e sobre os vínculos entre as pessoas, as cidades e a natureza — todas essas conexões.


























