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Tecnologia: O mais recente de arquitetura e notícia

Como funciona o aquecimento por piso radiante?

É creditada a Caius Sergius Orata, por Vitruvius, a invenção do Hipocausto. A palavra, do latim hypocaustum, em uma tradução literal, significa acesso por baixo. Trata-se de um sistema de piso elevado sobre pilhas de cerâmica onde, em uma das extremidades, uma fornalha -com lenha sendo queimada ininterruptamente-, fornece calor ao espaço subterrâneo, que sobe através de paredes construídas por tijolos perfurados. Os hipocaustos esquentavam, pelo piso, alguns dos edifícios mais opulentos do Império Romano (incluindo algumas residências) e, sobretudo, os famosos Banhos Públicos.

Com um funcionamento similar, mas no Oriente, existiu o Ondol. Estima-se que ele tenha sido desenvolvido durante os Três Reinos da Coréia (57 aC-668 dC), mas há pesquisadores que apontam que a solução já era utilizada muito antes disso. O sistema também manipulava o fluxo de fumaça provindas dos agungi (rudimentares fogões à lenha), em vez de tentar usar o fogo como fonte de calor direto, como a maioria dos sistemas de aquecimento. Inclusive, chamou a atenção de Frank Lloyd Wright, como apontado neste artigo, que adaptou o sistema para utilizá-lo na calefação de casas nos Estados Unidos e no seu importante Imperial Hotel em Tóquio. Atualmente, como funcionam os sistemas de aquecimento de pisos radiantes?

A estética da automação: analisando uma habitação de baixo custo impressa em 3D

A viabilidade da impressão em 3D na arquitetura - passou por uma mudança sísmica nos últimos anos. Geralmente rebaixados a protótipos ou modelos conceituais, os projetos de construção impressos em 3D estão cada vez mais atualizados com os projetos físicos. Em 2013, a WinSun, uma empresa chinesa - conseguiu imprimir 10 casas em um período de 24 horas, tornando-se uma das primeiras empresas a obter esse resultado ao usar a tecnologia de impressão 3D. Mais recentemente, em 2018, uma família na França tornou-se a primeira no mundo a morar em uma casa impressa em 3D. A cidade de Dubai também pretende que um quarto de seus prédios sejam impressos até 2025. Esses exemplos indicam a ascensão dessa tecnologia e com o passar dos anos, é possível que a automação na fabricação de edifícios seja uniforme e mais integrada ao processo de construção.

Patrimônio 4.0: conectando dimensões da realidades

O impacto disruptivo da Indústria 4.0 está se espalhando por todos os campos do conhecimento, mudando e transformando nossa maneira de interagir com coisas e pessoas. Mesmo que no campo do Patrimônio Cultural os efeitos dessa revolução ainda não sejam tão perceptíveis, podemos supor que as experimentações e aplicações, atuais e nos próximos anos, levarão o campo da preservação, conservação, gestão e fruição do Patrimônio Cultural a horizontes novos e inesperados.

O evento Patrimônio 4.0: conectando dimensões da realidade, busca reunir pesquisadores nacionais e internacionais para discutir os possíveis impactos do paradigma 4.0 sobre o Patrimônio Cultural Edificado, por meio da

Os robôs substituirão os arquitetos? Por que os projetos do futuro nunca serão totalmente automatizados

Arquitetura e automação são dois conceitos que na era moderna de projeto e avanços tecnológicos andam de mãos dadas - ou não? Por um lado, há um leve temor de que "robôs substituam os arquitetos", tornando a profissão mais automatizada e menos criativa. Por outro lado, a tecnologia tornou a prática da arquitetura mais eficiente, em termos de processo e custo. Até onde a tecnologia nos levará? Nosso trabalho será substituído pela tecnologia? A resposta curta é, provavelmente não.

Concurso Prémio Universidades Trienal de Lisboa Millennium bcp

As Universidades são centros críticos de produção de conhecimento e de inovação, e desde a criação da Trienal envolvemos estas instituições no programa das edições do seu evento mais emblemático. Convocam-se assim a participar, escolas de todo o mundo a fazer parte do programa central da 6.ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa para 2022.
O concurso está aberto directamente à área da arquitectura e também a disciplinas conexas, sejam estas das vertentes do projecto - como o urbanismo ou a arquitectura paisagista - de vertente técnica - como as tecnologias de construção ou de materiais - ou as

Inteligência artificial e arquitetura: como a tecnologia está mudando a forma de projetar e vivenciar o espaço

No clássico filme de Jacques Tati, Mon Oncle (1958), a casa, como materialização cenográfica da “máquina de morar”, é a protagonista. Seus aparatos tecnológicos, por vezes indomáveis, são os que ditam as regras. A proprietária da casa, Madame Arpel, é uma tecnocentrista típica, maravilhada com toda a tecnologia que a cerca acreditando que ela seja a solução para todos seus problemas diários. No lado oposto de Arpel está seu irmão, Mr. Hulot, que chega para uma visita e se desentende com toda essa inovação. Ao longo da sua estadia, conhecemos uma casa que se mostra muito complexa e ao mesmo tempo não permite o controle do usuário.

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Hologramas: como eles podem impactar o espaço arquitetônico

Embora os hologramas tenham sido uma possibilidade por décadas - o primeiro holograma foi desenvolvido no início dos anos 1960 após o desenvolvimento da tecnologia a laser - muitos ainda podem associá-los mais à ficção científica, o termo evocando imagens de dispositivos de super-heróis de alta tecnologia e naves espaciais no futuro distante. No entanto, à medida que nos aproximamos da realidade de um futuro hiper-tecnológico e uma variedade de indústrias - incluindo arquitetura e construção - começam a abraçar novas formas de tecnologia cada vez mais avançada, a holografia também tem a chance de remodelar completamente a maneira como conceitualizamos e arquitetura de experiência. Embora seja impossível prever exatamente como a tecnologia holográfica será usada no futuro, a seguir listamos vários exemplos de projetos existentes que usam hologramas e outros tipos de holografia para criar ambientes atmosféricos, cenas fantásticas e visualizações práticas. Esses exemplos vão além do uso de hologramas para visualizar estruturas e locais durante a fase de projeto; eles utilizam holografia para moldar o próprio espaço arquitetônico completo, alterando completamente a experiência sensorial e espacial de seu ambiente.

O que entendemos por automação na arquitetura?

Anos atrás, a indústria da construção era uma das mais atrasadas em termos tecnológicos, no entanto, hoje podemos dizer que a automação veio definitivamente para ficar.

Cientistas criam primeiro atlas global dos microrganismos urbanos

"Se você me der seu sapato, poderia dizer com 90% de precisão a cidade no mundo de onde você veio.” Este é o nível de exatidão garantido pelo professor Christopher Mason, da Weill Cornell Medicine, principal autor do primeiro atlas global de microrganismos urbanos. O estudo, desenvolvido pelo Consórcio Internacional Metagenômica e Metadesenho do Metrô e Biomas Urbanos (MetaSUB), que também conta com pesquisadores brasileiros da Fiocruz e da USP, mapeia o microbioma de algumas das maiores cidades do mundo.

"Estamos muito longe dos limites da renderização": leitores opinam sobre o uso de renders na arquitetura

O que é um render? Apenas uma imagem para ganhar concursos e clientes? Ou é uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento de um edifício?

Perguntamos a nossos leitores quais são os limites da renderização no desenho arquitetônico, e a quantidade de respostas foi imensa. Depois de ler e compilar todos os comentários recebidos de profissionais da construção, estudantes e pessoas interessadas em arquitetura, há um grande consenso de que devemos pensar não apenas na renderização como um elemento de venda, mas como um elemento chave na verificação do projeto.

O futuro é agora: casas impressas em 3D começam a ser habitadas na Holanda

Se há apenas alguns anos a impressão 3D era vista com uma certa desconfiança, várias notícias recentes têm mostrado que essa é uma tecnologia possível, viável e que veio para ficar. No dia 30 de abril de 2021 os inquilinos da primeira casa de concreto impressa na Holanda receberam suas chaves. A casa em Eindhoven - a primeira de cinco dentro do ‘Projeto Milestone’ - cumpre totalmente com todos os rigorosos requisitos de construção do país.

Vila de casas impressas em 3D é construída para sem-tetos nos EUA

A Icon, startup estadunidense de robótica para construção residencial, nasceu com a promessa de construir casas emergenciais usando impressoras 3D. Uma casa modelo foi erguida em Austin, capital do Texas, em 2018. Na mesma cidade, dois anos depois, a empresa começou a entregar uma série de residências para desabrigados.

Dependente químico em heroína, hoje recuperado, Tim Shea era morador de rua e seu último lar foi uma van. O estadunidense de 70 anos foi o primeiro a receber as chaves da casinha impressa em setembro de 2020. 

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Impressão 3d, realidade aumentada e inteligência artificial impactando no design de mobiliários

Dissociar a arquitetura dos mobiliários é algo quase impossível. Como Le Corbusier estacionava carros contemporâneos à obra para fotografar seus projetos, os mobiliários evidenciam a época e o estilo de vida do usuário que habita o espaço. De fato, a partir do momento que a humanidade deixa de ser nômade, há registros de mobiliários rudimentares. Em um sítio escavado, que data entre 3.100 e 2.500 aC, descobriu-se uma variedade de móveis de pedra, de armários e camas a prateleiras e assentos de pedra. Com o tempo, os móveis foram ganhando protagonismo. Além das funções desempenhadas, mobiliários também sempre foram utilizados para exprimir ideias. Sejam os móveis exclusivos e luxuosos do Egito Antigo, para exercer o poder e a riqueza do império, até o design funcional e simplificado da Bauhaus, em um momento de reconstrução e racionalidade no mundo, estudar a evolução do design de móveis é importante para se entender os estilos de arquitetura.

Atualmente, o avanço da tecnologia e a internet faz com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas, até difíceis de assimilar e acompanhar. Os mobiliários acompanham essa tendência, seja na maneira de desenhá-los, fabricá-los ou mesmo vendê-los. Abaixo, selecionamos algumas formas que a tecnologia vem impactando neste campo: 

UFMT lança livro sobre tecnologias e arquiteturas indígenas em Mato Grosso

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Tecnologias Indígenas, o Tecnoíndia, criado pelo professor da UFMT, José Afonso Botura Portocarrero, arquiteto com doutorado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, e pela antropóloga aposentada pela UFMT, Maria Fátima Roberto Machado, doutora pelo Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está lançando uma nova obra, reunindo artigos produzidos ao longo de 20 anos de pesquisa e ensino sobre tecnologias e arquitetura indígenas em Mato Grosso.

Quanto mais você entender como os materiais se encaixam e funcionam, melhor será sua arquitetura

Uma luz incrível, acabamentos brilhando, árvores adultas, saudáveis e figuras humanas devidamente posicionadas parecem ser o kit perfeito para uma boa e tradicional imagem de arquitetura, que nem sempre são tão fidedignas à realidade ou ao contexto. Convencionamos a pensar em renderizações como visões do edifício futuro, pronto e ocupado, que servem para vender ou convencer os clientes sobre um projeto. Mas e se as imagens renderizadas também nos ajudassem a entender a construção, os sistemas e o funcionamento de algumas partes da edificação? Conversamos com dois profissionais que têm desenvolvido imagens que ao mesmo tempo podem ser explicativas e belas. 

Como a simulação de materiais durante o projeto garante um bom desempenho da construção

Com a quantidade de informações e tecnologias que dispomos atualmente, seja de pesquisas acadêmicas ou dos próprios fabricantes dos produtos de construção, sobra muito pouco espaço para empirismos e experimentações ao projetarmos nas escalas mais diversas. Ainda mais quando equívocos na especificação de projetos representam enormes custos e dores de cabeça. Isso quer dizer que muito antes da construção e a ocupação do edifício, é possível entender claramente como o edifício funcionará termicamente, qual sua capacidade de geração de energia fotovoltaica e mesmo quanto de energia será necessário para resfriá-lo e/ou aquecê-lo. Há softwares, ferramentas e aplicativos que permitem quantificar todas essas decisões de projeto, para evitar erros, deseconomias, geração de resíduos e garantir a eficiência de todos os materiais aplicados.

Startup colombiana usa resíduos de café para fabricar casas populares

Entre os problemas sociais que a Colômbia enfrenta, está a falta de moradia digna para boa parte da população. Uma pesquisa do centro de estatística populacional do país revelou que 35% dos colombianos estão dentro da faixa de pobreza, sem acesso à condições de vida adequadas.

Com a construtora Woodpecker, a resposta para este problema pode estar justamente em outra questão que precisa de solução no país: os resíduos da produção de café, já que a Colômbia é um dos maiores produtores mundiais.