O novo Plano Cicloviário de São Paulo, apresentado recentemente pelo prefeito Bruno Covas, prevê a implementação de 173,3 quilômetros de novas ciclovias e ciclofaixas na capital. A proposta, que faz parte do ajustes no Plano de Metas da administração municipal, também compreende a requalificação de 310,6 quilômetros existentes.
Avenidas como a Brasil, Doutor Arnaldo, Inajar de Souza, Teotônio Vilela, Salim Farah Maluf e um trecho da Marginal Pinheiros estão entre aquelas que poderão receber ciclovias ou ciclofaixas até 2020, segundo o mapa divulgado pela prefeitura de São Paulo.
O plano tem como objetivo “reconhecer definitivamente a bicicleta como modo de transporte, consolidando uma rede cicloviária abrangente, segura e integrada", e será implementado após audiências públicas em diversas regiões da cidade. “A medida tem como objetivo apresentar à população as propostas de conexões da malha cicloviária, além de receber recomendações, sugestões, críticas, propostas ou outros elementos que viabilizem a implantação de ciclovias e ciclofaixas, tornando o processo mais transparente, colaborativo e democrático”, afirma um comunicado da secretaria de comunicação da prefeitura.
A malha cicloviária de São Paulo compreendia apenas 11,6 quilômetros de vias até 2008, passando para 91,5 km em 2013. Durante a gestão de Fernando Haddad, entre 2013 e 2016, a malha foi ampliada para 498,3 quilômetros; não obstante, desde então ela permanece inalterada.
À estagnação soma-se o fato do número de fatalidades envolvendo ciclistas ter triplicado no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 5 para 16, recorde na série histórica do Infosiga, o banco de dados de acidentes de trânsito do governo do estado.