Construindo beleza: quando artistas projetam arquiteturas

Arquitetura sendo uma arte ou não, a questão é que edifícios e espaços moldam a vida cotidiana. Expandindo as fronteiras da arquitetura e a categorização da arte, as investigações contemporâneas entre as disciplinas estão repensando a tradição. Como transformações baseadas na experiência humana, essas instalações e estruturas compartilham qualidades de propósito, função e expressão criativa, ao mesmo tempo em que reorientam as limitações e possibilidades de cada profissão.

Campanópolis, a pequena vila nascida da reciclagem em Buenos Aires

Atualmente, o papel dos arquitetos excede os limites da construção, atingindo campos muitas vezes impensáveis, mas que, no entanto, demonstram uma relação estreita com a profissão. Se voltarmos no tempo, o fato é que muitos edifícios, casas, monumentos e até cidades foram construídos intuitivamente, sem contar com planejamento urbano ou arquitetos renomados. Sem dúvida, os arquitetos de hoje enfrentam um grande desafio que vai além de demonstrar nossas habilidades e conhecimentos, e se estende a outras áreas que nos envolvem, mas nós ainda não o conhecemos. Qual será, então, o perfil do arquiteto do futuro?

Arquitetura, moda e direção de arte em desfiles de alta costura

O ensino de arquitetura não trata apenas de aprender como projetar e construir edifícios, mas oferece uma perspectiva totalmente nova sobre nosso ambiente construído e sobre como o projeto pode contribuir para criar espaços e experiências de qualidade. Além disso, parte do conhecimento em arquitetura pode ser utilizada como um recurso para criar outras configurações espaciais além do edifício tradicional, abrindo um mundo diversificado de possibilidades em termos de espacialidade e materiais.

Dando um lar à natureza nas cidades: tijolos para ninhos de abelhas

A relação da humanidade com os insetos é antiga e complexa. Enquanto eles podem disseminar doenças e arrasar plantações, também são vitais para nossa sobrevivência no Planeta Terra, como polinizadores e recicladores. Edward Osborne Wilson, importante biólogo norte-americano, afirmou, em um de seus artigos, que “se os insetos desaparecessem, quase todas as plantas com flores e as teias alimentares que elas sustentam desapareceriam. Essa perda, por sua vez, causaria a extinção de répteis, anfíbios, aves e mamíferos: na verdade, quase toda a vida animal terrestre. O desaparecimento de insetos também acabaria com a rápida decomposição da matéria orgânica e, assim, interromperia a ciclagem de nutrientes. Os humanos seriam incapazes de sobreviver.”

Respostas arquitetônicas para crises humanitárias: indo além do projeto

Após décadas de crises socioculturais e econômicas em todo o mundo, a comunidade arquitetônica percebeu que é hora de "projetar como se ela se importasse". E com isso, abraçou um movimento que viu arquitetos e designers usarem suas habilidades a fim de desenvolver soluções para crises humanitárias, desde a construção de habitações modulares e mapeamento de paisagens, até o desenvolvimento de aplicativos ou documentários, tudo de um ponto de vista altruísta. Mas, já que, o trabalho pro bono ainda não está enraizado no ethos da arquitetura, como os arquitetos romperam com o modelo tradicional de arquitetura “corporativa” e estabeleceram uma forma de garantir a responsabilidade ética pelo bem-estar humano?

9 Áreas de atuação para arquitetos além do projeto

Você já deve ter ouvido algum colega arquiteto afirmar que escolheu cursar arquitetura pelas inúmeras possibilidades de atuação que este diploma permite. O campo da arquitetura é, de fato, muito extenso, por meio do qual é possível enveredar não apenas pelas atribuições mais “tradicionais”, mas também se aventurar em diversas especificidades que compreendem o papel do arquiteto e urbanista.

15 Arquitetos contemporâneos que projetam cadeiras

Durante seus anos de universidade, arquitetos adquirem uma ampla gama de habilidades que vão além de aprender a projetar edifícios. Isso inclui a resolução criativa de problemas, gerenciamento de projetos, alta atenção aos detalhes, coordenação de equipes e resposta precisa às necessidades do cliente. Um diploma geralmente fornece as ferramentas necessárias para projetar em qualquer escala – do urbano ao design de produto – e explorar outros campos criativos, como arte, fotografia, jornalismo ou design industrial. Das muitas possibilidades que se abrem, é especialmente comum que muitos deem o salto para o design de móveis, principalmente o design de cadeiras, em vez de seguir o caminho tradicional.

A ascensão do design thinking e sua relação com a arquitetura

"Inovação" e "design thinking" podem ser duas das expressões mais utilizadas tanto online quanto offline ao longo da última década. Para responder à necessidade global pela "mudança do status quo", empresas bem estabelecidas, start-ups, e até universidades começaram a utilizar essa abordagem para gerar novas maneiras de resolução de problemas e desenvolvimento de novos produtos, levando em conta seu apelo, conveniência e viabilidade. E com isso, um novo arquétipo foi concebido: o design thinker, uma pessoa que tem um kit de ferramentas criativo para gerar algo disruptivo. Então qual é o significado do design thinking e qual sua relação com a arquitetura?

Pesquisa através da arquitetura: explorando novas possibilidades para a produção arquitetônica

Embora a pesquisa pareça ser intrínseca ao processo de projeto, a pesquisa arquitetônica é um caminho profissional em si, cujo objetivo é destacar evidências científicas e explorar alternativas fora das normas pré-estabelecidas ou considerações empíricas. Seu objetivo é criar uma estrutura de conhecimento que possa informar o design visando alcançar resultados objetivamente melhores. A seguir, discutimos o papel e o estado da pesquisa em arquitetura, algumas áreas de investigação proeminentes e os arquitetos ou instituições que dedicam seu trabalho a esses assuntos.

14 Instalações efêmeras que trazem novas reflexões para os espaços coletivos

A arquitetura é uma área ampla que apresenta diversas possibilidades de atuação. Cada vez mais os jovens arquitetos têm se esforçado para descobrir novos caminhos e desbravar outros espaços profissionais. A arquitetura efêmera, com seu caráter experimental e artístico, tem papel relevante nessa trajetória, fazendo os profissionais observarem e discutirem questões urbanas e sociais, paisagem e meio ambiente. Apresentamos aqui exemplos de instalações temporárias que explicitam essas questões e transformam seu entorno. 

O que arquitetos podem fazer além de arquitetura?

"Sou arquiteto... e agora o que eu faço?", deve ser uma das perguntas mais frequentes de qualquer recém-formado em arquitetura. Muitos, ao longo dos anos, encontrarão empregos em diferentes indústrias que não envolvem necessariamente trabalhar em um escritório projetando e construindo edifícios.

Como é ser um arquiteto que não projeta edifícios?

Há uma série de velhos conselhos que as pessoas costumam dar para aqueles que um dia revelaram o desejo de estudar arquitetura: um curso extenso e exaustivo, noites em claro e um restrito mercado de trabalho extremamente concorrido. Depois da graduação, quando finalmente começa-se a trabalhar, as coisas não costumam ser menos difíceis, muito pelo contrário. Geralmente, arquitetos e arquitetas passam meses ou até mesmo anos desenvolvendo estudos e mais estudos antes de ter qualquer projeto construído. Se existem alguém no mundo que conhece bem o significado da palavra resiliência, existe uma grande chance de que esta pessoa seja um(a) arquiteto(a).