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Arquitetos: David Regalado Arquitectura
- Área: 80 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:JAG Studio
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Fabricantes: Adobe Systems Incorporated, AutoDesk, Dipac, Graiman, Guapan, Intaco, Teka, Trimble Navigation
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto se localiza na província de Loja, Equador, no bairro de Malacatos, em um extraordinário local chamado Bosque Nativo com uma paisagem montanhosa invejável e quase nenhuma edificação vizinha, exceto algumas propriedades dispersas, o terreno se mantém como uma floresta intacta em sua maior parte, preservando a ecologia existente do lugar, o que influenciou no nome do projeto, "Casa Nativa". Reconhece-se a importância da história local em seu aspecto transcendental, com suas atividades econômicas mais importantes, a agricultura e a produção artesanal de tijolos, o que fez com que os proprietários, um casal canadense, nos solicitassem uma construção que pudesse se adaptar ao seu entorno natural, sua topografia e que gerasse o menor impacto possível na paisagem.
A nossa intenção de realizar uma arquitetura exemplar com o entorno tornou-se o primeiro desafio em uma propriedade com mais de 12000 m², e nesta relação com o terreno, a casa é colocada a um nível superior em relação ao solo, o que nos oferece a possibilidade de manter a casa como um volume muito baixo, permitindo que a casa "interior" tenha uma relação mais íntima com o terreno e as vistas próximas, enquanto a parte "exterior" procure uma relação intensa com as vistas privilegiadas do vale e uma proximidade em relação à montanha, com a sua magnífica floresta nativa. A casa define o seu próprio modo de ocupação com base em dois elementos inovadores: a ligação com o terreno e a relação com a paisagem.
A organização de toda a casa é linear, o que mantém uma boa orientação em todos os ambientes, o que cria uma diversidade de características espaciais tanto no interior, quanto no exterior da construção. Várias fachadas da casa podem se abrir para que o edifício se torne utilizável de todos os lados, da mesma forma que todas podem ser fechadas e assim servir como uma camada protetora, impermeável e resistente ao tempo, totalmente isolada do exterior. A vontade de criar várias situações e cenários na casa, cria um conjunto de relações e conexões únicas, permitindo certa flexibilidade nos espaços, ou seja, criando espaços multiuso que abarcam desde usos individuais até coletivos.
A distribuição interna é simples e clara, concebida para o uso regular de duas pessoas, mas eventualmente até 10 ou mais pessoas poderiam usá-la sem qualquer inconveniente. A casa mantém todos os seus espaços visualmente ligados entre si e com o ambiente, a área social é aberta à paisagem, o módulo de serviço divide a área social da área privada com uma ordem perfeita, e o mobiliário é mínimo com peças simples que organizam o espaço com funções de armazenamento e apoio.
Quanto à materialidade da casa, quisemos utilizar materiais nobres e típicos, principalmente o tijolo artesanal feito pelos trabalhadores e produtores do local, de forma alinhada com a história produtiva da região, preservando a ecologia existente e, sobretudo, apoiando a economia local, mas ao mesmo tempo dando à casa um toque mais contemporâneo, combinando o tijolo de forma pura e utilizando-o de várias maneiras, sempre aliado ao rigor da geometria com que o volume é concebido. Essa abordagem corresponde à necessidade de área ocupada pela casa no terreno, fazendo com que o projeto se dissolva na paisagem.
