Cristalchile / GH+A | Guillermo Hevia

Cristalchile / GH+A | Guillermo Hevia - Mais Imagens+ 17

  • Arquitetos: GH+A | Guillermo Hevia; GH+A | Guillermo Hevia
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  27500
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2006
  • Fotógrafo
  • Fabricantes Marcas com produtos usados neste projeto de arquitetura
    Fabricantes:  Hunter Douglas, Arrigoni, Atika, Chubretovic, GLASSTECH, Grasstech, VIDROPAR
  • Colaboradores: Francisco Carrión G. (Arquiteto U.D.D.), Marcela Suazo M. (Desevolvimento- CAD)
  • Cliente: Cristalerías de Chile S.A.
  • Assessoria Técnica: Atika, Foster Weeler, Gerencia Técnica Cristalchile, Owens Illinois Co., Salfa Montajes S.A., Hunter Douglas Chile, Opendark S.A., Glasstech S.A.
  • Superficie Terreno: 27 hectares
  • Materiais: Estrutura de pilares de concreto pre-fabricados, vigas e treliças metálicas; cobertura e revestimento painéis metálicos com isolamento; laje de concreto; vidro serigrafado.
  • Construtora: Salfa S.A.
  • Projeto Bioclimático: BIOTECH Chile Consultores Ltda
  • Projeto De Iluminação: OPENDARK S.A.
  • Ano Construção Segunda Etapa: 2012
  • Superficie Construida Total: 50.000 m2
  • Cidade: Llaillay
  • País: Chile
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© Felipe Camus

Apresentação Geral

A empresa CRISTALERIAS DE CHILE S.A., construiu a primeira etapa de uma nova sede de embalagens de vidro do Cristalchile – Llay-Llay de aproximadamente 27.500 m2 (Indústria, escritórios e serviços) em um terreno de 27 hectares, a 85 Km ao norte de Santiago, na V Região.

Após uma visita ao terreno, analisado o entorno físico (localização urbana e acesso a Rota 5 Norte), as características climáticas (ventos, orientação) e constatado o nível freático do solo, surgiram algumas considerações de desenho que nos pareceram importantes de considerar para o êxito deste projeto, sintetizados no memorial descritivo.

Situação

Nos parece muito importante a imagem corporativa com uma visão do século XXI, para o Complexo Industrial, imagem projetada de médio a longo prazo, devido ao tamanho e complexidade das instalações e seus crescimentos, em uma localização privilegiada e de muita presença.

O novo complexo industrial reflete, portanto, os objetivos da política empresarial da Cristalerias de Chile S.A. : Políticas Sociais, Tecnológicas, Comerciais, Meio Ambiental e de Desenvolvimento.

© Felipe Camus

A proposta do desenho

Dentro dos nossos objetivos está a racionalidade de funcionamento e os futuros crescimentos, otimizando os recursos técnicos e econômicos para avaliar as alternativas de sistemas construtivos, adequando a disposição física dos edifícios no terreno (layout geral) e as condições ambientais requeridas para este tipo de projeto.

Imagem corporativa

Pela magnitude das instalações, se propôs uma arquitetura contemporânea que é harmônica com o entorno geográfico. 

Uma solução arquitetônica de linhas ondulares para o edifício principal, com as alturas necessárias para as diferentes áreas (seguindo as silhuetas das montanhas próximas, vistas desde a rodovia) incorporando a transparência nas fachadas pelo uso do vidro com serigrafias de cor azul e linhas no metal, se incorpora a luz e a paisagem no interior, em contraste com os edifícios de Batch House (área de mistura) e os depósitos de produtos finalizados, que se propõem mais fechados e com texturas nas peles, dando movimento às fachadas, controlando tanto a altura quanto a largura dos volumes (imagem com contraste durante o dia e durante a noite) e cuidando das características interiores dos recintos e sistemas de ventilação e iluminação das distintas áreas.

A imagem do conjunto consolida-se em frente a rodovia harmonizada com áreas verdes adjacentes no perímetro do terreno, deixando as sucessivas etapas de crescimento 'disfarçadas', para amortecer seu impacto na comunidade e no lugar.

A materialidade dos edifícios responde aos objetivos planejados e consolidará sua permanência no tempo.

Corte

Partido geral

O layout preliminar entregado pela gerência técnica da empresa e seus assessores especialistas foi reinterpretado, incorporando uma variável estética, funcionalidade, técnica e arquitetônica ao projeto.

Pelo fato do nível freático do terreno ser muito superficial (aprox. 0,80m), o piso-base dos fornos e regeneradores, não pode ser feito da maneira tradicional subterrânea por motivos de segurança (possíveis inundações) e econômicos (altos custos de sistemas de proteção e impermeabilizadores), a única solução possível foi em superfície. Desta forma, se propôs prolongar o pavimento base sob a linha de produção, localizando as oficinas, depósitos de matérias-primas (areias, vidros), concentrando assim os recintos de produção e otimizando a ocupação do solo. O informativo de Mecânica dos Solos foi determinante para adotar uma ótima solução estrutural e arquitetônica, estudando a viabilidade de elevar o processo de Produção a nível superior (aproximadamente +6,70m), buscando as tecnologias para diminuir mecanicamente os produtos até os escritórios no pavimento +/-0,00 m.

© Felipe Camus

Planeja-se um anel perimetral de circulação vertical, com uma rua central de segurança e operação que permita otimizar o trânsito veicular, o acesso as áreas de oficinas e depósitos e a funcionalidade do térreo (além disso, permite separar os fluxos de circulação de matérias-primas e dos produtos finalizados). Também é uma maneira de estreitar a urbanização inicial do terreno reduzindo o impacto da construção por etapas, sem alterar o funcionamento e a operação dos veículos do térreo.

Planta

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Proteções Ambientais

Cria-se um cinturão verde nos limites (norte, leste e oeste) de proteção ambiental.

Os fortes e constantes ventos no lugar impactaram a operação e os traslados das matérias-primas (possíveis resíduos). Este cinturão verde é necessário para reduzir e amortecer a contaminação acústica que o sistema de produção pode gerar, afetando o entorno imediato, desta maneira se aproveita um recurso natural e estético, transformando-se em um conjunto paisagístico ao entorno natural e melhora a qualidade de vida. Utiliza-se espécies exóticas e nativas adequadas ao lugar, a qualidade dos solos e ao ambiente.

A linhas ondulares dos edifícios se mimetizam alegoricamente com a natureza, em harmonia com o entorno imediato e a geografia do lugar.

Cortesía de Guillermo Hevia H.

Arquitetura e materialidade

A imagem proposta para os diferentes edifícios está condicionada pela funcionalidade e requerimentos das diferentes atividades e condicionantes do terreno.

Plantas

1. Edifício Principal (Produção)

As coberturas ondulares do edifício principal (imagem de um grande manto) oferecem uma melhor resistência aos ventos (forma aerodinâmica e coberturas contínuas), salvam as distintas alturas interiores requeridas, se obtém um maior volume de ar e permitem um sistema de ventilação natural (eólica) arrastando o ar quente pela parte superior (sistema Venturi na cobertura). Nas fachadas laterais aparece uma base de muros do concreto aparente (estrutura da laje superior e respaldo dos escritórios e depósitos), deixando a parte superior com tratamento translúcido, combinando vidro e metal perfurado com telas acústicas e transparências, conseguindo desta maneira mostrar parte do processo produtivo. Obtém-se, além disso, iluminação zenital e ventilação natural controlada.

A estrutura é baseada em pilares de concreto pré-fabricados e vigas metálicas (solução mais leve).

© Felipe Camus

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2. Edifício de depósito dos produtos finalizados 

Um edifício de 3 naves e planta livre (105x66) com estrutura combinada de molduras muito leves (de concreto e aço) com base perimetral em concreto para proteção de impactos e fechamento superior em placas de aço pintadas e perfuradas. Desta maneira, cria-se uma perfeita ventilação e baixo custo ao utilizar revestimentos desmontáveis e recuperáveis. Como imagem na noite ao estar iluminados interiormente, consegue-se um volume translúcido e leve.

3. Escritórios, banheiros e serviços dos funcionários

O espaço dos escritórios são um corpo transparente (inteiramente envidraçado), elevado e maneira transversal à área de produção. Desta maneira, se tem um controle visual de toda a atividade. Os serviços (área de descanso e banheiros) e outras dependências de controle do processo localizam-se em um nível inferior (entrepiso) da área de produção. Todos estes recintos interiores são tratados com muros e vidros acústicos e os ambientes são esterilizados (livres de bactérias e fungos) através do uso do ar ionizado (sistema ROS).

Os materiais e revestimentos propostos são econômicos, resistentes, flexíveis e de fácil manutenção. Buscou-se uma proposta de arquitetura contemporânea que privilegia a qualidade de vida, sustentabilidade, economia, uso de energias naturais (sistemas de iluminação e ventilação) e proteção do ambiente.

Detalhes construtivos

Bioclimática

A nova sede da empresa coloca-se na vanguarda da arquitetura industrial a nível mundial, ao incorporar o uso de tecnologias bioclimáticas (geotérmicas, eólicas, lumínicas, acústicas) tanto aos edifícios como ao processo produtivo, assumindo um real compromisso com a sustentabilidade, a economia de energia, a qualidade de vida e proteção do meio ambiente. 

© Guy Wenborne

A arquitetura é a protagonista para cumprir estes objetivos. Tanto de dia como de noite, as formas ondulares de uma grande cobertura ascendente são a imagem de um manto movido pelos ventos do lugar e as transparências das suas fachadas de vidro que deixam aparente o processo produtivo, são o discurso arquitetônico, de leitura fácil, que enfatiza a luz e a sombra, mostrando a escala e dando significado ao entorno imediato e a geografia do lugar.

© Guy Wenborne

Galeria do Projeto

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Localização do Projeto

Endereço:Chile, Llaillay, Valparaíso, Chile

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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Sobre este escritório
Cita: "Cristalchile / GH+A | Guillermo Hevia" [Planta Cristalchile / GH+A | Guillermo Hevia] 06 Jun 2016. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/788902/planta-cristalchile-gh-plus-a-guillermo-hevia> ISSN 0719-8906

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