Revitalização do Pavilhão Esportivo Universitário / Rosana Caro Martínez

Revitalização do Pavilhão Esportivo Universitário / Rosana Caro Martínez - Mais Imagens+ 9

  • Arquitetos: Rosana Caro Martínez; Rosana Caro Martínez
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  1390
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2011
  • Fotógrafo
    Fotografias:Javier Orive
  • Gestão De Projeto E Construção: Rosana Caro Martínez
  • Direção E Execução Do Trabalho: Francisco Nieto
  • Coordenação De Segurança E Saúde: Francisco Nieto
  • Empreiteira: Fersumar y Equipamiento, SL
  • Estrutura: César Diaz Cano
  • Instalações: Nieves Plaza Serrano
  • Consultoria Técnica: INTEMAC
  • Colaborador Do Projeto: Paula Galnares Rodríguez
  • Orçamento: 1.051.833, 66 € (impostos incluídos)
  • Cidade: Sevilha
  • País: Espanha
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Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto consiste na revitalização de um dos cinco pavilhões esportivos projetados por OTAISA1 em 1956, no campus da antiga Universidade Laboral de Sevilha, hoje Universidade Pablo de Olavide.

© Javier Orive

Em 2008, o conjunto de edificações do campus foi protegido ao ser incluído no Catálogo Geral de Patrimônio Histórico Andaluz como conjunto emblemático da arquitetura racional moderna do século XX. O pavilhão objeto do projeto é um dos edifícios protegidos.

© Javier Orive

Todos os edifícios do campus foram construídos em concreto armado e foram excepcionalmente bem executados no que se refere ao cálculo e projeto de sua estrutura, e ao aproveitamento das qualidades plásticas do concreto. Apesar de alguns erros de execução em obra (próprios dos momentos de carência da Espanha pós-guerra), estas edificações são uma amostra do profundo conhecimento dos arquitetos sobre a natureza deste - naquela época - novo material.

O pavilhão que recebeu o novo projeto (hoje denominado Pavilhão 37) é uma estrutura aparente de concreto armado de ambiciosas dimensões, dotada de grande beleza plástica e cuidado construtivo, experimento próprio daquele momento estimulante na história da arquitetura moderna, no qual o concreto armado surgia em toda a Europa como um material revolucionário que facilitava a liberdade expressiva do arquiteto.

Planta

Dentro dos trabalhos requeridos pelo projeto, estão incluídos o exame, a consolidação estrutural, e a reabilitação do pavilhão, com o objetivo de reutilizá-lo para a prática esportiva para o ensino e para a prática de treinos regulares, assim como a resolução de um programa de vestiários, depósitos e almoxarifados ligados ao uso do mesmo. 

Chamar o Pavilhão 37 de edifício não é muito preciso. Trata-se muito mais de um toldo de concreto, em uma região onde a utilização de toldos têxteis é muito comum.

Duas prumadas estruturais (cada uma delas formada por quatro imponentes suportes trapezoidais) vencendo um vão de 26 metros, recebem o peso da cobertura-toldo nervurada. A espessura da casca de concreto, entre nós, é de, apenas, 11 centímetros. Os nervos afinam com os vãos, minimizando sua espessura no limite aos 11 centímetros da casca, adquirindo, assim, uma charmosa qualidade têxtil, e desvendando a extraordinária destreza e sensibilidade dos arquitetos.

© Javier Orive

Não foram encontrados danos estruturais importantes, mas quase a totalidade das armaduras apresentavam um avançado estado de oxidação e corrosão, indicando que um contínuo processo de carbonatação se haveria estendido no interior do concreto, excessivamente poroso (problema que se repete em muitas das estruturas de concreto realizadas nas décadas de 40 e 50 na Espanha). Focou-se o trabalho de reparação habituais para este tipo de patologia com objetivo de prevenir danos futuros. Em todos eles tomou-se um cuidado especial com as fragilizadas superfícies do concreto para, não só repará-lo, senão revelar as qualidades plásticas com as quais a estrutura foi projetada e construída. Evitou-se desfigurar a textura original deixada pelas fôrmas de madeira, respeitando seu caráter e recuperando espessura, qualidade sensorial e espírito do material. 

© Javier Orive

O novo edifício proposto para alojar os vestiários, depósito e enfermagem foi projetado como um corpo térreo neutro. Apesar de sua simplicidade, cuidou-se especialmente de sua posição em relação ao pavilhão e ao bosque de eucaliptos existente, assim como seu volume e materiais de acabamento, para que o conjunto fosse lido como unidade.

Corte 2

Em seu interior, optou-se por materiais de baixa energia incorporada, os mais próximos ao estado natural possível, sem acabamentos, polimentos ou brilho, o que gera um resultado puro e gentil ao corpo desprotegido dos atletas. Além disso, o resultado deveria ser limpo, ventilado, higiênico e seguro; tanto no que se refere à configuração espacial (tornando-o o menos compartimentado possível), quanto nos materiais empregados (de fácil limpeza e manutenção, de eficácia comprovada em espaços com tais características, como saunas e piscinas), além dos detalhes construtivos (sem participação de materiais hidrófilos, como gesso, ou que demandem alto nível de manutenção, como pinturas, evacuação rápida da água, escassez de juntas de materiais diferentes, sem encaixes de piso, ou mobiliário no piso). Por exemplo, para acelerar a evacuação da água e evitar acúmulos de micróbios, o piso de granito queimado foi construído como se se tratasse de um pavimento para exteriores, com canais de recolhimento perpetrais em dois lados, o que torna muito mais fácil a limpeza com o uso de mangueiras de irrigação. Dessa forma, o novo edifício se comportará com a mesma resistência de uma instalação no exterior.

© Javier Orive

O granito é o único material utilizado na parte externa, que liga o novo edifício ao antigo pavilhão com seu entorno imediato e com o conjunto do campus universitário, onde esse material foi utilizado com profusão: calçadas, praças, passeios, caminhos, plintos de edifícios, bancos, fachadas. O piso de granito penetra no interior do pavilhão esportivo e se encontra com o piso de borracha sem uma solução de continuidade, em um gesto típico do movimento moderno, muito de acordo com o espírito de um edifício aberto com imprecisos limites entre exterior e interior.

O paisagismo recebeu especial atenção. Utilizou-se Costela de Adão (Monstera Deliciosa) nos pisos entre pilares e Hera Trepadeira (Hedera Helix) no perímetro do pavilhão, para que a vegetação se encarregasse de construir uma sutil, gentil e fresca fronteira.

Além disso, detalhes necessários: um olmo, uma fonte e uma bancada de concreto incorporada à estrutura do edifício em uma área sombreada.

© Javier Orive

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Localização do Projeto

Endereço:41013 Sevilha, Sevilha, Espanha

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Sobre este escritório
Cita: "Revitalização do Pavilhão Esportivo Universitário / Rosana Caro Martínez" [Renovation of Sports Pavillion at University Campus / Rosana Caro Martínez] 23 Mar 2016. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/784171/reabilitacao-de-pavilhao-esportivo-universitario-rosana-caro-martinez> ISSN 0719-8906

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