Biblioteca Pública de Amsterdã / Jo Coenen & Co Architekten

Biblioteca Pública de Amsterdã / Jo Coenen & Co Architekten - Mais Imagens+ 23

  • Arquitetos: Jo Coenen & Co Architekten; Jo Coenen & Co Architekten
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  28500
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2007
  • Fotógrafo
    Fotografias:Arjen Schmitz
  • Fabricantes Marcas com produtos usados neste projeto de arquitetura
    Fabricantes:  Glasdesign
  • Maquetes E Imagens: Bas Grimbergen, Changiz Tehrani, Hans Simons, Victor Schmidt, Hans Fransen, Cees van Griessen (Ciiid)
  • Cliente: The Amsterdam City Council Commissioned by MAB
  • Arquiteto Responsável: Jo Coenen
  • Equipe De Arquitetos (Exteriores): Jo Coenen, Geert Coenen, Iwert Bernakiewicz, Max Bachinov, Gerard Extra, Hans Schoot, Will Stokkermans, Bart Erens, Frans Wesseling
  • Equipe De Arquitetos (Interiores): Jo Coenen, Margriet de Zwart, Wil Ummels, Miriam Boot, Annebregje Snijders, Michela Barone, Ingrid Annokkee, Neeltje ten Westenend, Claudy Jongstra, Martijn Sandberg, NAT-architecten, Peter van Kempen, Gerard Extra, Will Stokkermans
  • Cidade: Amsterdam
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© Arjen Schmitz

Descrição enviada pela equipe de projeto. Jo Coenen & Co - Biblioteca Pública de Amsterdam

A Openbare Bibliotheek Amsterdam (Biblioteca Pública de Amsterdam) em Oosterdokseiland é um marco na obra do arquiteto Jo Coenen. Juntamente com a delgada Vesteda Toren (Torre Vesteda) no centro de Eindhoven e o projeto Markt-Maas no centro de Maastricht, a Openbare Bibliotheek Amsterdam (OBA em sua sigla original) pode ser vista como integrante da rica safra de construções de grande escala do escritório Jo Coenen & Co nas primeiras décadas do século XXI.

Corte

Jo Coenen (Heerlen, 1949), estudou no Technische Hogeschool em Eindhoven, moldado e inspirado por seus contatos em toda Europa Central e do Sul, criou um grande número de estruturas dos anos 80 até hoje. Dentre seus projetos mais conhecidos, estão o Nederlands Architectuurinstituut (Instituto Holandês de Arquitetura) em Rotterdam, a Stadsbibliotheek (Biblioteca Municipal) em Maastricht e o master-plan para os projetos arquitetônicos e urbanos de KNSM Eiland em Amsterdam, o Céramique em Maastricht, o Kunstencluster em Tilburg e Smalle Haven em Eindhoven.

Vesteda Toren em Eindhoven, o Markt-Maas em Maastricht e o Openbare Bibliotheek Amsterdam têm mais em comum que seu volume, sua relevância para suas respectivas cidades e o fato de terem sido construídas na mesma época. Os três projetos estão baseados em motivos que se relacionam entre si, melhores ilustrados na Biblioteca como exemplo.

© Arjen Schmitz

Desafio

“Unificar os diferentes mundos dos livros, que representam muitos séculos de cultura, e o desafio de criar uma biblioteca de experiência, de vivência?”

O projeto de uma biblioteca é um desafio por excelência, que não é focado na criação de uma composição externa, uma copilação de fachadas, mas que é especialmente centrado em projetar o mundo interno.

Planta Baixa

“Edifício e interior são indissoluvelmente interdependentes”.

Este é um dos motivos que levou o arquiteto a preferir projetar os interiores com a mesma exaustão que projetou os exteriores. Nesta biblioteca exterior e interior são unificados e indissolúveis. O projeto consiste de um programa de 28500 m², um envelope urbano com um volume de cerca de 40 metros de altura, 40 metros de largura e um comprimento de 120 metros.

© Arjen Schmitz

Do planejamento urbano ao edifício, uma escultura a partir do interior

O projeto de uma biblioteca pública com essas medidas, dentro de um plano urbano unificador somente foi possível se encarado com os olhos de um escultor. O edifício é lapidado como um monolito de pedra para garantir que a vida interna será tão confortável quanto possível. Em alguns lugares, o edifício é recuado de seus limites urbanos, o que resulta um espaço interno que cria condições para que a luz natural preencha o ambiente. Apesar do enorme programa para o edifício, foi possível criar um edifício divergente com múltiplos sub volumes moldados onde a intimidade e a visão geral do conjunto podem se unir. O exterior é, de certa maneira, pensado a partir do interior. O objetivo principal é criar recantos, que ganham vida e vão desenvolver um valor que o convencerá a permanecer, com respaldo da luz, do espaço e da cor. Através da diversidade de atividades, um jogo interativo destes recantos é crucial. O edifício deveria ser acessível e aberto em cada fibra. Diferentes recantos com atmosferas únicas fazem com que os visitantes se encantem com o edifício. 

© Arjen Schmitz

Manisfesto de arquitetura

O fator contemplativo também é um aspecto importante do interior da Biblioteca. Esta frase também é considerada como um manifesto de arquitetura em geral. É uma resposta à crescente tendência arrogante e de breviedade na arquitetura. Para edifício públicos e especialmente para edifícios onde livros são preservados, que representam nosso corpo cultural de pensamento de muitos séculos, significa que devem ser tratados com respeito. Isso é traduzido em qualidade e discrição.

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Contraste

O contraste entre as diferentes atmosferas pode ser encontrado na composição do edifício, no interior assim como no exterior dele. O edifício consiste de uma base sólida, corpo e coroamento.

A 'base' representa a rapidez e brevidade, e possui um caráter público e urbano, enquanto que o 'corpo' - onde são mantidos os livros - simboliza o descanso. O 'coroamento', onde o teatro e o restaurante se encontram, é o local onde as pessoas se encontram, relaxam e interagem. O coroamento também possui um caráter público, assim como a base.

O termo "vivenciando a biblioteca" é traduzido como "identificação por caráter". Através da arte, dos interiores e da luz, alguns toques foram criados que levaram o edifício a criar o seu próprio caráter. A interpretação da "experiência de vivência" recebe uma conotação exclusiva desta maneira. Isso fez possível a união dos mundos distintos de cultura e atribuição.

© Arjen Schmitz

Movimento

Movimento é crucial para a maneira que a arquitetura é experimentada pelos sentidos. A percepção dos materiais utilizados, os detalhes, a escala, o contraste entre luz e sombra, aberto e fechado, estão todos destacados pelos movimentos dentro da estrutura. A arquitetura de um edifício pode estruturar estes movimentos, direcioná-los e acompanhá-los através de uma variedade de tempos e tons diferentes, do movimento stacato alternado com aqueles sustentados, através de espaços livres e diferenças no ritmo.

A rota da Estação Central de Trens à Biblioteca passa pelo terreno curvo do Oosterdokseiland. O edifício é anunciado por uma passagem para a entrada em pedra natural, levando os visitantes a dobrar para a esquerda.

Planta Baixa

Daí, o visitante é oferecido com a vista no coração do edifício. À direita, está uma animada praça, uma área onde as pessoas podem se encontrar e relaxar, protegidas por uma grande cobertura.

O hall de entrada é uma área de pé direito baixo, uma transição ao próximo repertório de movimentos, através de um hall de pé direito bem alto, ao hall principal com uma enorme área à direita, onde se pode descer gradualmente. Logo em frente estão as escadas rolantes oferecendo uma subida organizada de movimentos em staccato. À direita estão uma série de terraços que conferem acesso indireto à área de exibição e à seção multimídia da biblioteca.

© Arjen Schmitz

Através das escadas rolantes uma repetição de movimentos são continuamente diferentes graças à maneira que os vazios estão situados. O penúltimo pavimento é diferente no sentido que é um anunciamento do que está por vir. Através das grandes escadas se abre para o pavimento de cobertura sob uma cobertura que oferece uma vista telescópica de Amsterdam.

A arquitetura da biblioteca como um todo é também, de maneira figurativa, em movimento. Através da estratificação de sua base, abandonando os alinhamentos com uma fachada côncava e convexa, rotacionando, recuando, projetando e ao fazer isso se desprende de suas fronteiras, reforçando o efeito dos diferentes movimentos que o visitante do edifício pode vivenciar.

© Arjen Schmitz

Construção e técnica

Na arquitetura, todas as decisões relacionadas ao projeto de um edifício afetam inúmeros aspectos de sua construção. Forma, função e técnica estão profundamente conectados. A cobertura de proteção e a construção da parede lateral suspensa são dois dos componentes da Biblioteca que exemplificam como considerações acerca de forma e função tiveram grandes consequências para a sua construção.

Para alcançar flexibilidade e um arranjo claro do edifício complexo e extensivo da Biblioteca, apenas um número limitado de colunas foram utilizados e todos os espaços restantes são o mais aberto possível, sem obstáculos. Normativas de prevenção contra incêndios foram atendidas através da locação de diferentes rotas de fuga e na instalação do sistema de aspersores de água em todo o edifício. Ao fazer isto, as plantas de cada pavimento não precisam ser compartimentadas.

Corte

O sistema de ar condicionado foi engenhosamente resolvido através da colocação dos vazios para servirem como shafts, então não há necessidade de instalar nenhum duto adicional. Todas as instalações elétricas foram instaladas em dentro do piso elevado. Deste modo, praticamente tudo que poderia possivelmente distrair o olhar da forma arquitetônica ou do espaço está oculto da visão.

Graças à suas plantas não compartimentadas, a biblioteca pode facilmente ser adaptada à outros layouts, se necessário for. A atual divisão entre a biblioteca e o edifício de escritórios atrás dela pode facilmente ser removida. Por último, toda a cobertura está equipada com células fotovoltaicas, como parte dos objetivos de projeto de cumprir com os princípios de energia durável.

© Arjen Schmitz

Materiais

Pedra natural foi utilizada par a construção de edifícios públicos e áreas públicas de cidades europeias desde os tempos mais remotos. Com este material, é possível alcançar um detalhamento altamente sofisticado, enquanto que também é possível destacar o efeito de longas linhas de contorno. Ao longo dos séculos, a aplicação de pedra natural para pisos, paredes, domos e arcos, tanto no interior como no exterior, sempre foi algo comum.

Jo Coenen possui grande afinidade com a pedra natural ao invés dos tradicionais tijolos - uma preferência desenvolvida durante o projeto e construção do Céramique em Maastricht - e simplesmente tem aversão à materiais sintéticos. Devido à sua coloração aberta de marrom-acizentada, a pedra calcária, frequentemente utilizada em Maastricht, harmoniza bem com concreto e madeira.

A pedra natural acentua o aspecto durável da arquitetura e agrega certa elegância ao conjunto. Além disto, é um material que envelhece com graça e a medida que as cantarias e escadarias ficam gastas, apenas enaltecem o edifício.

Corte

Revestir um edifício com pedra natural pode produzir um efeito escultural muito potente, faz com que pareça ser feito de uma só peça. O uso deste único material permite que a Biblioteca Pública mantenha sua independência dentro do conjunto do qual é parte, enquanto também a conecta com as outras fachadas em pedra do que uma vez foi o edifício dos Correios da Estação Central.

Pedra natural é um material excepcionalmente durável. Apesar de ser apenas usado marginalmente na Holanda, reforça a distinção entre os edifícios onde é empregada e neste caso particular destaca a importância espacial da biblioteca enquanto edifício público.

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Luz

Na arquitetura, a luz é um fator de grande importância para garantir o correto funcionamento e uso de um edifício.

Luz, particularmente a luz natural, pode variar consideravelmente. No caso de um edifício das dimensões da Biblioteca Pública, com uma área do tamanho de um campo de futebol e parcialmente enclausurada, trazer a luz natural para o interior do edifício não foi uma tarefa fácil.

© Arjen Schmitz

Jo Coenen fez um grande esforço para fazer a luz do dia penetrar no núcleo do edifício ou para fornecer vistas de luz natural que antigamente não era possível, por exemplo, na parte de trás do edifício, onde o edifício de escritórios adjacente foi separado da OBA através de um incisão na massa arquitetônica. Ao curvar as paredes laterais da biblioteca, a luz no lado côncavo penetra mais profundamente no edifício à medida que o lado convexo atua como uma grande 'bay window'.  Os espaços vazios e as aberturas nos pavimentos também permitem que a luz do dia penetre o edifício. As escadas rolantes, que também servem de objeto de luz, fornecem um ponto de orientação iluminado no coração do edifício, local inacessível para a luz do dia.

Planta Baixa

Recantos agradáveis

Edifícios, especialmente os de grande escala, merecem ter um certo número de espaços agradáveis: partes do edifício que não podem ser funcionais no sentido literal da palavra, mas mesmo assim essenciais para que a arquitetura funcione bem. Estes também podem ser encontrados na Biblioteca Pública, começando pela praça em frente do edifício: uma área atrativa para relaxamento, encontro com amigos e do contato com outros visitantes. O grande espaço aberto externo à esquerda do edifício e da "escadaria" cuidadosamente executada que leva do exterior ao interior, também são pontos agradáveis do percurso. O mesmo se aplica para as janelas onde se pode olhar para fora ao longe em direções diferentes, as áreas tranquilas entre as estantes, terraço e área em torno do teatro no piso de cobertura, todos locais onde qualidades adicionais são oferecidas pela arquitetura da biblioteca.

Galeria do Projeto

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Localização do Projeto

Endereço:Oosterdokseiland 143, 1011 DL Amsterdam, Holanda

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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Sobre este escritório
Cita: "Biblioteca Pública de Amsterdã / Jo Coenen & Co Architekten" [Public Library Amsterdam / Jo Coenen & Co Architekten] 15 Jan 2015. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/759324/biblioteca-publica-de-amsterdam-jo-coenen-and-co-architekten> ISSN 0719-8906

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