Casa Isabel / Marcelo Magalhães + Paulo Silvestre

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Dos arquitetos: Inserida num pequeno lote de duas frentes, a casa apresenta uma envoltória uniforme, existindo uma continuidade material entre a cobertura e as fachadas. Apesar de se aceitar, literalmente, a volumetria definida pela legislação do loteamento, conforma-se uma moradia com uma diversidade espacial interior inusitada.

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A casa é desdobrada em altura, em nove níveis distintos, tendo sido adotado um
sistema de meios-pisos que permitiu a fragmentação do espaço doméstico e uma maior diversificação. A progressiva apreensão dos compartimentos e as relações cruzadas entre estes motiva uma tomada de consciência mais lenta e complexa de todo o espaço habitado. A escada torna-se o elemento central, assumindo não apenas a função de distribuição, mas se associa a alguns espaços de natureza social, animando a ascensão e enriquecendo a experiência arquitetônica.

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O projeto, sujeito a um orçamento limitado, toma a simplicidade construtiva e material
como um aliado. A uniformidade do revestimento procura acentuar a unicidade do volume, tendo-se adotado um sistema construtivo que fosse capaz de dar resposta a diferentes situações. A dispersão dos vãos pela fachada, numa aparente aleatoriedade, é expressão do desenvolvimento espacial da casa.

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