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Arquitetos: NO Architects Designers and Social Artists
- Área: 71 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Harikrishnan Sasidharan
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Fabricantes: Asian Paints, Kohler, Malabar , Nappa, Ramco, Schneider, Tilesource

Descrição enviada pela equipe de projeto. Koodu, ou O Ninho, é uma residência de baixo custo projetada para uma mãe solteira e seus dois filhos. Localizada em Eravipuram, Kerala, na costa sudoeste da Índia, às margens do Mar Arábico, a casa insere-se em um contexto urbano densamente povoado, onde a maioria dos lotes possui aproximadamente entre 80 e 120 m2. Implantada em um terreno de cerca de 80 m2, a residência ocupa aproximadamente 40 m2 de área construída, demonstrando uma solução arquitetônica eficiente e sensível às restrições do lote.


Este projeto configura-se como um esforço pro bono que busca expandir os limites do design, sem se restringir por condicionantes orçamentárias, limitações espaciais ou escassez de recursos. Financiada pelo programa Awas Yojana do Primeiro-Ministro (PMAY), com o apoio adicional de patrocinadores, a casa tornou-se realidade por meio de um esforço coletivo pautado pela colaboração e pela boa vontade.


A estrutura configura-se como uma experimentação arquitetônica voltada à criação de uma abóbada assimétrica — uma tipologia com raros precedentes em escala mundial. O projeto inspira-se nas jaalis de tijolo e no legado construtivo de Laurie Baker, cujo trabalho foi fundamental para tornar a habitação mais acessível às camadas populares.


Este projeto explora as possibilidades de habitar pequenos espaços por meio de um layout em planta livre que integra as áreas de estar, jantar e cozinha. O térreo abriga um dormitório com banheiro privativo, enquanto o pavimento superior conta com dois dormitórios que compartilham um banheiro, todos articulados por uma escada em espiral cuidadosamente posicionada dentro da área reduzida disponível. A paleta de cores em tons pastéis foi utilizada para definir e valorizar os ambientes, destacando os espaços construídos com materiais à base de terra.


A paisagem tropical desempenha um papel fundamental ao ancorar a edificação em seu contexto, qualificando a experiência de habitar ao promover uma integração fluida entre os espaços internos e externos. Partimos do princípio de que o design deve ser inclusivo e que a escassez jamais deve ser um fator de exclusão do acesso a uma arquitetura de qualidade. Pelo contrário, ela se apresenta como uma oportunidade para inovar e expandir os limites da criatividade, criando espaços singulares a partir dos recursos disponíveis.


















