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Arquitetos: Mohammadreza Samavati and Maryam Karimian
- Área: 425 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Mohammad Hassan Ettefagh
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Fabricantes: Hayka Group, KWC Iran, Setareh Shomal Lighting

Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa de Cultura e Arte Sepand representa a revitalização de uma valiosa residência da década de 1960, originalmente projetada pelo Dr. Paknia. Antes, era a residência e consultório do cardiologista Dr. Esmaeilzadeh, e a casa foi transformada de um espaço dedicado ao cuidado físico em uma plataforma para cultura e comunidade.

A estrutura original consistia em três partes lineares: o edifício principal, um pátio e as dependências dos empregados. No processo de regeneração, o pátio tornou-se o coração do projeto. Lajes de concreto dobradas e quebradas foram dispostas como plataformas de assento, convidando à convivência e ao diálogo. Esses níveis, metáforas para as camadas do tempo e da experiência humana, criam qualidades espaciais diversas — da solidão e conversas íntimas a eventos coletivos maiores — refletindo a variedade social dos usuários.


O edifício principal foi preservado com mudanças estruturais mínimas. Seus espaços internos foram adaptados de forma flexível para abrigar novas funções, como galerias, salas de aula e um pequeno cinema. Essa abordagem demonstra que a regeneração aqui não é uma reconstrução nostálgica, mas sim uma reinterpretação da memória espacial.


O pequeno edifício dos empregados, antes desgastado, foi revestido com uma malha metálica que sustenta plantas trepadeiras. Esta camada secundária não apaga o passado, mas conecta-o ao futuro por meio de um processo vivo.


Dentro do complexo, a galeria foi relocada para o primeiro andar, oferecendo um espaço mais aberto e adaptável para o público. Enquanto isso, o hall de recepção do térreo, com suas diferenças de nível existentes, foi transformado em uma oportunidade: um palco dinâmico e multifacetado para apresentações ao vivo, exibições de filmes e oficinas. Assim, os espaços adquiriram um novo caráter — entre passado e presente — onde a vida coletiva é reinventada por meio de experiências culturais contemporâneas.

Originalmente uma vila da década de 1950, o edifício manteve sua integridade arquitetônica apesar de décadas de transformação urbana. A Villa Street já foi ladeada por casas semelhantes, das quais apenas algumas permanecem hoje. Entre elas, esta casa se destaca como uma das mais notáveis e influentes. Sua importância não reside apenas na idade ou sobrevivência, mas em evocar camadas de história arquitetônica e identidade urbana.

Portanto, a abordagem do projeto focou na preservação da estrutura, no reforço de sua integridade espacial e na reinterpretação de seus valores essenciais. Ao fazer isso, o projeto protege detalhes artísticos e a autenticidade histórica, permitindo que a casa desempenhe novamente um papel ativo na vida contemporânea da cidade.





























