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Arquitetos: Ashari Architects
- Área: 250 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Navid Atrvash
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Fabricantes: Shahrzad Brick

Contexto - O edifício localiza-se em um ponto elevado do campus da Universidade de Shiraz, adjacente às residências estudantis, com ampla vista para a cidade e as montanhas circundantes.


Desafio – Edifícios administrativos geralmente tornam-se silenciosos e inativos após o horário de expediente. No contexto acadêmico, essa condição é especialmente problemática, pois justamente quando a vida estudantil atinge seu auge de vitalidade, uma parcela significativa do tecido arquitetônico permanece adormecida. Uma universidade não é apenas um centro educacional, mas também um espaço de convivência, de trocas culturais e de formação de experiências sociais. A arquitetura, portanto, não deve se limitar a funções administrativas; precisa oferecer uma estrutura que sustente o fluxo da vida ao longo de todo o dia e da noite.

Necessidade – As universidades contemporâneas demandam espaços flexíveis, capazes de acolher a multiplicidade — espaços que vão além de funções de propósito único e possibilitam o desenrolar de diferentes cenários. Nesse contexto, a programação dinâmica torna-se uma necessidade premente.


Estratégia – Nossa proposta baseia-se na reprogramação, uma abordagem de design que transforma o edifício de um objeto estático em uma plataforma de eventos. Durante o dia, o edifício abriga suas funções gerenciais e administrativas; porém, após o expediente, sua base, terraços e cobertura se convertem em um palco estudantil — um espaço para estudo, conversas, encontros, exibições de filmes ou mesmo para o silêncio coletivo.



O telhado não é apenas uma superfície física, mas uma plataforma para o desempenho coletivo. Terraços e coberturas funcionam como espaços intermediários, mediando entre interior e exterior, formal e informal, individual e coletivo. Esses limiares possibilitam cenários sobrepostos, promovem interações espontâneas e cultivam experiências compartilhadas da vida estudantil apoiando, assim, a fluidez, a criatividade e a coesão social.

Futuro – Tal abordagem arquitetônica tem o potencial de transcender condições estáticas e se transformar em um evento dinâmico na vida universitária — uma arquitetura que não apenas abriga a gestão, mas também impulsiona a vitalidade coletiva dos estudantes.





























