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Arquitetos: Ateliers Jean Nouvel
- Ano: 2025
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Fotografias:Martin Argyroglo, Axel Dahl, Cyril Marcilhacy, Marc Domage, Thibaut Voisin, Luc Boegly

Descrição enviada pela equipe de projeto. Para marcar o lançamento de seu novo espaço no coração de Paris, a Fondation Cartier pour l’art contemporain convida o público a conhecer gratuitamente seus espaços expositivos e a mostra inaugural Exposition Générale, com obras de seu acervo, durante os dois primeiros dias de abertura.


The Fondation Cartier pour l'art contemporain — Desde sua criação, em 1984, por Alain Dominique Perrin, então presidente da Maison Cartier, a instituição tem apresentado artistas de diferentes origens, rompendo fronteiras entre práticas e campos do pensamento. É um espaço de diálogo e experimentação artística, no qual a relação entre criação e exposição está no centro de sua missão, desenvolvida em estreita colaboração com os artistas. Construída ao longo dos anos por meio de um programa internacional inovador, a coleção da Fondation reflete sua natureza multidisciplinar e a diversidade de temas que aborda, sempre em diálogo direto com as questões contemporâneas.

Totalmente aberta para a cidade por meio de suas amplas janelas de vidro, a proposta arquitetônica de Jean Nouvel se desenvolve dentro do edifício haussmanniano que outrora abrigou os antigos Grands Magasins du Louvre. Composta por cinco plataformas móveis, sua arquitetura dinâmica reinventa as possibilidades de montagem de exposições, abrigando todas as formas de expressão — da fotografia e do cinema às artes cênicas, à ciência e ao artesanato. Nesse impressionante ponto de encontro, onde passado e futuro convergem, a Fondation Cartier participa ativamente da vida da cidade, engajando-se em questões contemporâneas de urbanismo e ecologia.


Exposition Générale: uma nova cartografia da criação contemporânea — A exposição apresenta a coleção da Fondation Cartier em uma escala sem precedentes, por meio de uma seleção de obras icônicas que oferecem ao público a oportunidade de descobrir — ou redescobrir — quase seiscentas criações de mais de cem artistas de todo o mundo, entre eles Claudia Andujar, James Turrell, Sarah Sze, Olga de Amaral, Junya Ishigami, Solange Pessoa, David Lynch, Annette Messager, Cai Guo-Qiang, Diller Scofidio + Renfro e Chéri Samba.

Refletindo a diversidade dos compromissos artísticos promovidos pela Fondation Cartier e sua abertura ao mundo, a Générale percorre quarenta anos de criação contemporânea. Organizada em torno de quatro grandes eixos temáticos, a mostra propõe uma cartografia alternativa da arte atual, que reinventa o modelo do “museu enciclopédico”. Em vez disso, desdobra-se como um laboratório arquitetônico efêmero (Machines d'architecture); uma reflexão sobre os mundos vivos e sua preservação (Être nature); um espaço de experimentação com materiais e técnicas (Making Things); e uma exploração de narrativas voltadas para o futuro, combinando ciência, tecnologia e ficção (Un monde réel). Seções complementares revelam as trajetórias e abordagens — individuais ou colaborativas — de alguns dos principais artistas da coleção da Fondation.


A exposição toma seu título das mostras realizadas nos Grands Magasins du Louvre no final do século XIX, no mesmo edifício que hoje abriga a Fondation Cartier. Construído originalmente em 1855 para a primeira Exposição Mundial, o local acolheu eventos que celebravam a modernidade ao reunir objetos e produtos de diversas partes do mundo, ampliando horizontes culturais e impulsionando novos campos de especialização. Dando continuidade a esse legado, a Fondation Cartier confiou a cenografia da Exposition Générale ao estúdio Formafantasma, que se inspirou em diferentes métodos de exibição. Seu projeto explora e reinventa as dimensões sociais e experimentais desses antigos eventos comerciais, refletindo sobre sua influência na evolução das práticas museológicas.






































