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Arquitetos: PLAN Architects office
- Área: 236 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Yoon, joon hwan

Descrição enviada pela equipe de projeto. A casa está localizada do outro lado de uma rua de 10 metros de largura em relação à sua antecessora, a Casa do Limite, e ambas compartilham o mesmo contexto espacial. O casal de meia-idade que encomendou o projeto desejava uma residência ampla o suficiente para abrigar seus pais idosos e dois filhos. Eles também esperavam que a casa fosse um refúgio de tranquilidade e conforto, um lugar para desfrutar de uma vida mais serena após a aposentadoria do marido. Para respeitar o ritmo diário das três gerações e considerar suas diferentes percepções do espaço doméstico, o arquétipo da casa foi concebido de modo a promover empatia mútua, com áreas subdivididas para garantir a privacidade de cada membro da família.

Nas etapas iniciais do projeto, acompanhamos o cotidiano dos moradores e refizemos, de forma simbólica, o percurso entre infância e velhice, cidade e campo, sociedade e indivíduo, recolhendo referências sensoriais diversas para transformá-las em pistas de projeto, articuladas através da ideia de circulação e retorno. Assim, elementos como casa rural, pátio, beco e cerca foram reinterpretados e incorporados ao desenho da residência. Como um todo, optou-se por volumes simples e cores unificadas, capazes de expressar uma experiência espacial rica dentro de uma ordem coerente.


A Casa Branca situa-se na entrada de um beco sem saída, compondo uma paisagem contínua com a Casa do Limite, localizada do outro lado da rua. As duas residências compartilham semelhanças e contrastes, respondendo, cada uma a seu modo, à ordem urbana e às demandas privadas. Ao atravessar o portão de aço na parte posterior, o visitante percorre um beco interno com leve declive e beirais generosos. No fim desse percurso, ao se deparar com o jardim e uma torneira externa, a transição espacial se revela através de respostas sensoriais sutis. Além da parede branca externa, surgem rochas brutas, lajes de pedra, solo, árvores e gramados que preservam as características originais do terreno e traduzem a harmonia com a natureza que a casa busca.


A sala de estar, a cozinha e o ateliê se organizam ao redor do jardim, em níveis diferentes, criando experiências espaciais variadas. Essa disposição permite que os membros da família mantenham contato visual e sintam-se próximos, mesmo quando ocupam áreas distintas. O espaço destinado aos avós, localizado no nível térreo, é de fácil acesso e possui divisórias móveis que permitem integrar ou separar os dois quartos conforme a necessidade.


O pequeno jardim funciona também como centro emocional da casa, já que os moradores podem se ver a partir de seus espaços individuais. As crianças, que precisam de áreas externas independentes, podem entrar e sair pela escada exterior que parte do jardim. O espaço do casal está situado de forma autônoma no mezanino do segundo andar, garantindo privacidade e amplas vistas do entorno.

Após viverem em casas rurais, residências ocidentais e apartamentos, os familiares se reencontram agora sob o mesmo teto — e as “memórias genéticas” dessas moradias anteriores estão impregnadas na Casa Branca. O projeto oferece um cotidiano familiar e acolhedor, ao mesmo tempo em que desperta a expectativa por novas experiências. A aparência luminosa e branca da casa une a diversidade de seus habitantes e transmite uma impressão calorosa e radiante a todos que chegam à entrada da vila.

































