Instalação Plant Futures - Universidade de Queensland / m3architecture

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Vista do sudeste. Os estacionamentos de vários andares e as estufas da UQ ficam ao fundo. Imagem © Christopher Frederick Jones

Descrição enviada pela equipe de projeto. A Instalação Plant Futures apoia pesquisas dedicadas à produção sustentável de alimentos, fibras e combustíveis, em resposta às mudanças climáticas e ao crescimento populacional. Concebido como um “jardim murado”, o edifício traduz essa ideia tanto em sua tipologia quanto em sua materialidade — construído em tijolos dispostos em um padrão pixelado que faz referência à seção geológica de Queensland. De longe, o edifício se assemelha a um muro de pedra; de perto, revela uma fachada minuciosamente detalhada. Internamente, a combinação de luz, cor e painéis espelhados reflete os sistemas de controle ambiental das salas de cultivo, criando sutis distorções na percepção e na experiência espacial. A instalação é, simultaneamente, uma ferramenta de pesquisa de alto desempenho e uma afirmação arquitetônica contextual e culturalmente ressonante.

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O Plant Futures Facility abriga um pinheiro-de-Norfolk protegido no canto noroeste do local. Texturas de alvenaria que identificam a mudança do plano do solo se justapõem ao padrão pixelado do perfil do solo de Queensland. Imagem © Christopher Frederick Jones
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O Hartley Teakle de James Birrell é referenciado aqui. Seu telhado curvo de concreto e a saída de água da chuva são virados de cabeça para baixo e reinterpretados como um arco de entrada para o Plant Futures Building. Levando a uma experiência de jardim cativo, com claraboia e abertura para água da chuva próprias. Imagem © Christopher Frederick Jones

Para atender à demanda do cliente por um centro de pesquisa de padrão internacional, o edifício abriga uma série de ambientes altamente técnicos e controlados — como salas climatizadas, câmaras de cultivo e estufas na cobertura —, além de laboratórios, escritórios, áreas de armazenamento e serviços. As salas e câmaras de controle ambiental, juntamente com as estufas, formam o núcleo do projeto e são capazes de reproduzir com precisão qualquer condição climática, de forma controlada, mensurável e repetível.

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Diagrama de Elevações Desdobradao
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Planejamento de Módulos

Do ponto de vista funcional, o edifício atua como um “hotel para plantas”, onde pesquisadores reservam salas especializadas por períodos específicos de estudo, e também como um grande recipiente de cultivo — um verdadeiro “jardim murado”. O planejamento é modular e altamente eficiente, estruturado a partir do tamanho de um vaso padrão de cultivo (8 vasos = 1 bandeja, 5 bandejas = 1 carrinho, 6 carrinhos = 1 sala pequena de cultivo, e assim por diante). Dessa forma, a instalação é voltada à pesquisa, com eficiência rigorosa e capacidade de adaptação. Na seção, os espaços de serviço foram reposicionados das laterais para o topo das salas de cultivo, liberando área para futuras expansões. Esses volumes de pé-direito duplo concentram as instalações técnicas diretamente sobre cada sala, permitindo a separação entre os ambientes controlados e as áreas de manutenção, o que favorece a limpeza e o isolamento. O edifício está implantado em uma zona de transição entre grandes equipamentos universitários, edifícios de serviços e residências menores. Nesse contexto predominantemente de alvenaria, o projeto atua como mediador entre diferentes escalas e usos, não como um simples preenchimento urbano, mas como um elemento ativo que conecta e costura o conjunto.

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Os armários de cultivo se adaptam ao regime de planejamento modular dos projetos, começando com o tamanho do vaso de pesquisa padrão, passando por bandejas, carrinhos e salas de pesquisa (etc.) para informar um edifício de pesquisa construído em uma grade com máxima flexibilidade de pesquisa. Imagem © Christopher Frederick Jones
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Paredes e tetos do corredor de pesquisa são revestidos em aço inoxidável refletivo em pontos específicos, manipulando a percepção do espaço e da luz. As superfícies espelhadas também permitem que os pesquisadores verifiquem a presença de vetores/insetos em suas roupas, em um ambiente que deveria ser livre de pragas. Imagem © Christopher Frederick Jones
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A iluminação do corredor de pesquisa manipula a experiência da "cor verdadeira" das paredes e tetos ao longo do dia, tratando os pesquisadores de forma lúdica da mesma forma que eles tratam suas plantas e proporcionando alívio dos espaços de pesquisa austeros que o corredor serve. Imagem © Christopher Frederick Jones

Uma das principais inovações do projeto é o uso de pisos técnicos intersticiais leves e transitáveis. Neles estão instalados todos os sistemas mecânicos que atendem o pavimento inferior, permitindo manutenção completa sem acesso às áreas controladas — o que aumenta a biossegurança e a eficiência operacional. Essa solução elimina a necessidade de compartimentação corta-fogo entre zonas técnicas e áreas de pesquisa. Em substituição às lajes de concreto, são utilizados painéis isolantes de 150 mm de espessura, reduzindo tempo e custo de construção, além do peso estrutural. Ao empilhar verticalmente as funções e reduzir a área ocupada, o projeto preserva terreno para futuras expansões da universidade. A baixa ocupação humana permite classificações de incêndio mais simples, reduzindo o uso de materiais e simplificando a conformidade técnica. Estudos avançados de engenharia de incêndio também possibilitaram o uso de plexiglas nas estufas — em vez do vidro laminado —, ampliando a entrada de luz solar e garantindo segurança. O sistema de climatização é distribuído por dutos transparentes de plexiglas, evitando sombreamento sobre as plantas. O resultado é uma instalação de pesquisa altamente eficiente e adaptável — um dos poucos fitotrons da Austrália — que amplia os limites da infraestrutura científica por meio de planejamento estratégico, engenharia de incêndio e controle ambiental.

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Dutos de ar condicionado de plexiglass, tanto verticais quanto horizontais, garantem que as estufas maximizem o acesso ao sol para os pesquisadores. Imagem © Christopher Frederick Jones

A instalação oferece suporte essencial a pesquisas de impacto real, voltadas ao desenvolvimento de sistemas agrícolas que consomem menos água e prosperam em diferentes condições de solo e clima. Assim, consolida-se como uma peça-chave na busca por soluções para um dos maiores desafios contemporâneos: garantir a segurança alimentar sustentável em um mundo em transformação. O projeto foi desenvolvido em paralelo ao programa “Campuses on Countries: Aboriginal and Torres Strait Islander Design Framework” e à política de engajamento com povos originários da Universidade de Queensland. Uma paisagem interpretativa indígena conecta o edifício ao território, assegurando que os sistemas de conhecimento tradicionais sejam integrados de forma visível e respeitosa à experiência do campus. Todas as decisões de projeto foram guiadas por princípios de sustentabilidade ambiental.

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O revestimento industrial do telhado atravessa o vão da claraboia na entrada. O chão encontra o céu, com o revestimento do telhado refletindo a luz no jardim cativo na entrada abaixo. Imagem © Christopher Frederick Jones

O planejamento modular reduz o desperdício de materiais e garante flexibilidade para futuras adaptações, enquanto o volume compacto preserva o solo do campus. O uso inovador de painéis isolantes e materiais leves reduz o carbono incorporado, e a baixa presença humana minimiza o consumo energético durante a operação.

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Elevação Norte ilustrando o contexto de alvenaria pré-existente de alguns dos edifícios, incluindo Hartley Teakle, International House e as estufas na "Glasshouse Road". Imagem © Christopher Frederick Jones

Galeria do Projeto

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Sobre este escritório
Cita: "Instalação Plant Futures - Universidade de Queensland / m3architecture" [Plant Futures Facility - The University of Queensland / m3architecture] 14 Out 2025. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/1034860/instalacao-plant-futures-universidade-de-queensland-m3architecture> ISSN 0719-8906

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