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Arquitetos: BCMF Arquitetos
- Área: 20696 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Jomar Bragança, Pedro Sales
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Fabricantes: AGP Marmoraria, Abadia Incêndio, Alves Teixeira, Alves Teixeira, Ambi Dry System, Ambi Dry System, Ampla Divisórias, Art Ladrilhos, Artegav Comércio de Vidros, Atacadão das Tintas, Aço Santa Clara, BH Stones, Bloco Sigma LTDA, Brasil Ferros, Casa Floor, Cerâmica Laranjal, Cerâmica Laranjal, Comércio de Vidros, DR Pisos e Artefatos em Concreto, Depósito Savassi, +72

Descrição enviada pela equipe de projeto. A nova unidade do Colégio Bernoulli, projetada pelo escritório BCMF Arquitetos, foi inaugurada em um edifício histórico e icônico de Belo Horizonte, localizado no coração da cidade. Construído em 1950, o prédio originalmente abrigou o antigo Colégio Sacré Coeur de Jésus e, posteriormente, o tradicional Colégio Pitágoras, permanecendo em uso até 2021.

O edifício é um marco arquitetônico e cultural da cidade. Apesar das modificações ao longo do tempo, sua unidade arquitetônica foi preservada, permitindo seu tombamento como patrimônio histórico da cidade. Elementos originais foram protegidos, incluindo fachadas, telhados de cerâmica, gradis ornamentais de ferro e pisos (parquet de madeira, granilite e ladrilhos hidráulicos).


O novo Colégio Bernoulli revitaliza e adapta o espaço para atender às demandas educacionais contemporâneas, preservando as características históricas e culturais da estrutura original. A unidade ocupa 20.000 m² e acomoda 2.000 alunos, do ensino fundamental ao ensino médio.

As intervenções foram divididas em três áreas principais: Preservação Permanente, restaurando e modernizando os edifícios tombados; Preservação da Paisagem, valorizando os espaços verdes e de contemplação; e Área de Expansão, que inclui anexos projetados para dialogar com a escala e a materialidade do edifício existente, ao mesmo tempo em que apresentam uma abordagem arquitetônica distintamente contemporânea.

O design de interiores e a sinalização refletem o conceito criado para o grupo Bernoulli, evoluindo em paralelo ao crescimento acadêmico dos alunos. Cada andar é distinguido por uma cor única e painéis gráficos educacionais que destacam a cultura local da cidade. A infraestrutura do teto foi deixada exposta, facilitando a manutenção e futuras adaptações, enquanto se integra harmoniosamente ao esquema de cores da escola.

Dessa forma, o projeto combina tradição e inovação, respeitando o valor histórico do edifício enquanto cria espaços diversificados para o aprendizado contemporâneo. A nova unidade exemplifica como a arquitetura pode unir passado e futuro, oferecendo uma infraestrutura moderna que preserva a memória arquitetônica de Belo Horizonte, uma cidade jovem, famosa por apagar seu passado.






































