

Descrição enviada pela equipe de projeto. Este é um pavilhão oficial da Expo 2025 Osaka, Kansai, organizado sob o tema "Co-Criação e Diálogo." Ele integra três programas de exibição: a EXPERIÊNCIA DA VIDA FUTURA para exposições corporativas e organizacionais rotativas, o PAVILHÃO TEAM EXPO para projetos participativos e as MELHORES PRÁTICAS que introduzem iniciativas globais.


Refletindo o conceito geral da Expo de "Descentralização e Dispersão," o projeto reinterpreta a memória ecológica de Yumeshima — uma ilha recuperada formada por aterro que evoluiu para um pântano rico em biodiversidade — através de um pátio central, simbolizando o ciclo da vida como infraestrutura verde. Este ambiente semelhante a uma vila incorpora a ideia de "Unidade na diversidade." O pátio apresenta canteiros de plantas dispersos e lagos que destacam espécies de plantas individuais, criando um ambiente vibrante e inclusivo onde pessoas e a natureza coexistem de forma igual.



Ao redor do pátio, unidades de exposição circulares de tamanhos variados estão distribuídas e conectadas por um percurso também circular. Esta configuração equilibra a independência das unidades de exposição, permitindo que múltiplas e diversas atividades coexistam confortavelmente. O percurso, atuando como um espaço vazio, facilita o fluxo natural de pessoas, luz, ar e atividade, incentivando a exploração livre enquanto oferece uma visão espacial clara.


As unidades de exposição voltadas para o pátio são construídas com paredes de pedra que se fundem com a paisagem, formando espaços semi-externos conectados de forma harmoniosa com o pátio. Essas paredes são estruturalmente estáveis através da combinação de treliças de aço e malha soldada. Este sistema amplia as aplicações tradicionais do gabião ao transformá-lo em uma parede inovadora que favorece a ventilação, a entrada de luz natural e o crescimento de vegetação. A estrutura modular permite a reutilização dos preenchimentos por meio do rearranjo, promovendo flexibilidade e sustentabilidade. Para o preenchimento, são empregados materiais reciclados experimentais, como pedras vitrificadas obtidas a partir de resíduos industriais incinerados e pedra-pomes sintética produzida com vidro reciclado, reforçando o vínculo com o contexto único do local e integrando inovação material à linguagem arquitetônica.



Os telhados das unidades circulares se sobrepõem como copas de árvores, variando em altura e forma para compor a imagem de uma floresta. Elevam-se gradualmente em direção ao exterior do pátio, equilibrando a sensação de intimidade com a abertura necessária e conferindo o volume adequado aos espaços expositivos. Três tipologias distintas — telhado de duas águas, telhado invertido e shed — combinam-se para filtrar a luz natural em todos os ambientes e, ao mesmo tempo, conduzir a água da chuva de volta ao pátio.


A água da chuva, junto ao escoamento proveniente da irrigação das paredes vegetadas, é armazenada em um lago central que alimenta um sistema de troca de calor conectado a painéis de resfriamento radiante, garantindo conforto térmico nos espaços semiabertos e estabelecendo um ciclo integrado de circulação hídrica. No verão, a água é pulverizada sobre as paredes de gabião, potencializando estratégias passivas de resfriamento e ampliando a sensação de conforto. Esta abordagem ambiental transforma o pátio em um dispositivo experimental, no qual arquitetura, estrutura, sistemas mecânicos e paisagem se articulam em um modelo holístico de espaço sustentável.



A instalação sanitária adjacente reflete este conceito em uma escala menor com construção em madeira. A forma do telhado permite luz natural e ventilação, e o layout circular dos cubículos apoia um fluxo eficiente e melhora o conforto e a usabilidade. A aparência do telhado em CLT (madeira laminada cruzada) e a estrutura de madeira adicionam calor e oferecem uma experiência espacial distinta da área principal de exposição.


Ainda que concebido como espaço temporário, o projeto busca transcender as noções convencionais da arquitetura de eventos — marcadas pela ausência de enraizamento e pela desconexão com o entorno — para estabelecer um diálogo vivo com o ambiente e acolher a natureza em transformação. O design não se limita a enriquecer a experiência de expositores e visitantes durante a EXPO, mas se coloca como um ensaio experimental para reimaginar a relação entre arquitetura, pessoas e meio ambiente.















































