
-
Arquitetos: FLIP studio
- Área: 2165 m²
- Ano: 2025
-
Fotografias:Runzi Zhu

Descrição enviada pela equipe de projeto. A Mina de Alunita de Fanshan em Lujiang, China, é um patrimônio industrial de profunda importância histórica. Após a queda do mercado na década de 1990, a mina encerrou suas operações em 2001. O fim de sua prosperidade deixou para trás não apenas fábricas em ruínas e tanques de cristalização, mas também um ambiente ecológico deteriorado. O valor histórico único e o potencial espacial deste outrora poderoso núcleo industrial quase desapareceram com o tempo.



Enfrentando esse patrimônio industrial, o projeto adotou uma estratégia central de "Conservação-Ativação-Inserção-Regeneração." Através de intervenções criativas, o local não é mais meramente um objeto de contemplação. O renovado "Café do Poço", agora imbuído de vida contemporânea, serve como um recipiente público que combina vida moderna com restauração ecológica, alcançando, em última análise, a revitalização do patrimônio industrial e a reconfiguração da paisagem cultural-ecológica.
A conservação serve como a base. O projeto tratou os remanescentes com rigor arqueológico: os terraços, os vestígios do poço circular, as vigas de madeira originais e os traços industriais foram preservados ao máximo, formando uma base tridimensional impressionante para intervenções futuras.


A ativação reimagina a experiência espacial por meio da narrativa. Usando "cristais" — o produto central da mina — como um meio unificador, o projeto entrelaça um sistema elevado de passarelas de madeira que conecta o local, minimizando a perturbação das formas originais. Uma série de exibições, móveis e iluminações feitas com materiais translúcidos (como fibra de vidro branca translúcida, tubos de acrílico transparente e vidro colorido fosco) são fixadas por todo o local. Os visitantes que caminham pelo espaço sentem como se estivessem imersos em um poema tridimensional sobre luz, minerais e tempo.



A inserção introduz novos programas para infundir vitalidade contemporânea. O projeto integrou sensivelmente programas inovadores, como recepção, exposições temáticas, visitas a vestígios do poço, um teatro ao ar livre, uma exposição de artefatos históricos dos anos 1950, um café e loja. Áreas de atividade flexíveis também foram criadas para atrair públicos diversos e infundir vitalidade sustentada. A adaptação mais icônica é a transformação de um poço circular de escala adequada em um "Café do Poço." Os visitantes descem ao poço pela passarela e se sentam sob instalações de iluminação circular translúcida. Com uma xícara quente de café na mão, eles estão cercados por paredes desgastadas, onde a história industrial e a vida contemporânea se fundem de maneira maravilhosa. O poço transita de um relicário distante para um recipiente imersivo da vida moderna, completando sua transformação de "objeto" para "sujeito."


Em última análise, essa série de estratégias alcança a revitalização ecológica e cultural: o local se tornou um marco cultural que combina exposição, lazer e educação. A intervenção vai além da renovação cultural para incorporar a restauração ecológica: alguns dos grandes poços são usados para recriar o processo de cristalização com cristais de alunita, outros são transformados em assentos estruturalmente independentes, e alguns recebem floreiras vasos, servindo como "recipientes naturais" que nutrem micro ecossistemas. Através dessas séries de renovações estratégicas, o local gradualmente se transforma em uma base ecologicamente resiliente.


Através das estratégias de conservação, ativação e inserção, o local alcançou uma metamorfose. Ele não é mais um patrimônio industrial histórico isolado, mas coexiste com a ecologia natural restaurada e se integra à cultura contemporânea e ao turismo, formando juntos um todo rico, sustentável e altamente atraente.





































