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Arquitetos Paisagistas: Licuri Paisagismo
- Área: 116000 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Daniel Frias, Carol Prado, Tati Nolla

Descrição enviada pela equipe de projeto. O Parque do Povo foi projetado pela equipe da Secretaria de Subprefeituras (SMSUB) para a Prefeitura de São Paulo (PMSP), executado pela PMSP/Wtorre/Santander, em terreno de 116.000m2, tombado em 1995 como patrimônio cultural e de propriedade da Caixa Econômica Federal. Está localizado junto às avenidas Cidade Jardim, Henrique Chamma e Juscelino Kubitschek, na região da Marginal Pinheiros. A área foi alvo de invasões, até a implantação do atual projeto, devidamente aprovado junto ao CONDEPHAAT em 2006.

A situação de ocupação irregular impedia o uso do espaço pela população, com a posse do terreno, a equipe da SMSP, liderada pelo arq. Andre Graziano, projetista e resp. técnico, desenvolveu o projeto de paisagismo e de planejamento ambiental, aprovando-o em todos os entes governamentais competentes.

O Parque é acessível, seguro e utiliza a vegetação como ponto de partida educativo e cultural, com equipamentos específicos para inclusão social pela paisagem. Recebeu a primeira neutralização de carbono da cidade (GWA Comunicações), que levou a PMSP a firmar cooperação com a Wtorre, para implantar o projeto elaborado pela SMSUB. Perto de 25mil toneladas de entulho de concreto foram beneficiadas e reutilizadas no Parque (inovação técnica, baixa emissão de gases poluentes e economia financeira), como ações em SBN e Infraestrutura Verde que o distinguem dos demais parques em São Paulo.


O parque tem oito coleções botânicas que servem de base física para ações educativas e culturais (As madeiras de lei do Brasil; o jardim dos sentidos - ervas medicinais e aromáticas; as coleções de frutas brasileiras e exóticas; o playground com plantas trepadeiras etc), chegando a cerca de 1.200 árvores além de arbustos, forrações e palmeiras com grande valor ambiental e paisagístico.

A ideia básica do projeto, a "paisagem educativa", é permitir que indivíduos e grupos (escolas) possam se utilizar do local para atividades educativas, por exemplo: debater os ciclos econômicos do Brasil ao apreciar, "in loco", o pau-brasil, a seringueira, a cana de açúcar e o café em suas coleções botânicas.

A obra foi executada mediante doações e parcerias estatais e privadas, inclusive de pessoas físicas que doaram mudas de plantas especificadas no projeto. O Santander foi o segundo parceiro de grande escala do parque, garantindo a complementação final das suas obras e grande parte de sua consolidação vegetal, ambiental e paisagística. Também merecem destaque os grupos Iguatemi, Accor, Mitsubishi Motors do Brasil, Bueno Netto S.A. e a CPFL, como grandes doadores de insumos para as obras.

Tendo em vista o adensamento construtivo da cidade, este espaço aberto, com seus equipamentos de recreação, árvores e ambientes generosos proporcionou uma oportunidade de encontro e de relaxamento entre seus frequentadores, a prática de esportes, de interação cicloviária com a Marginal Pinheiros, o lazer e a contemplação da paisagem. A área, antes ocupada irregularmente, hoje se constitui como um dos parques mais apreciados da capital, demonstrado por pesquisas recorrentes, dada a sua capacidade de integração, atendimento de diversas regiões da cidade (pelo modais de transporte) e pela flexibilidade de usos de seus ambientes.























