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Arquitetos: AMASA Estudio
- Área: 215 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Zaickz Moz, Gerardo Reyes Bustamante

Descrição enviada pela equipe de projeto. Este projeto trata da remodelação de uma residência dos anos 1940, que passou por diversas intervenções ao longo do tempo, sendo a mais recente uma adaptação para uso como escritórios.



A edificação está localizada no coração da colônia Roma, a seis quadras do Parque México, em uma das áreas com maior efervescência cultural e demanda imobiliária da Cidade do México. Diante desse contexto e da escassez de possibilidades de aproveitamento em muitos terrenos, a colônia Roma tem apresentado um crescimento contínuo no número de imóveis abandonados, mantidos como ativos na lógica da especulação imobiliária. Por causa disso, o imóvel estava aproximadamente 10 anos sem ser habitado e apresentava o desafio de revitalizar seu espírito original, adequando-o à época, à demanda de moradia na área e demonstrando como a integração de elementos contemporâneos pode devolver vida e funcionalidade às construções históricas da região.



O programa original limitava-se à readequação da casa como residência unifamiliar. Mas, com o objetivo de garantir a rentabilidade necessária que a área exige e tornar o projeto viável, propôs-se integrar um apartamento no térreo, com a opção de incorporar um ponto comercial no espaço da garagem, distribuindo a casa a partir do primeiro nível. Isso permitiu conservar a casa e aproveitar ao máximo seu uso, oferecendo não apenas uma moradia, mas um modelo de negócio.

Dessa forma, no térreo, encontra-se a entrada da residência que funciona como hall para acessar de maneira independente os três espaços. À esquerda, tem-se acesso ao apartamento, que é composto por um quarto, um banheiro, sala de estar, de jantar, cozinha e um pátio. À direita, tem-se acesso a este espaço flexível que pode ser destinado ao uso de uma garagem ou como local comercial com banheiro, conforme a necessidade. Na fachada frontal, encontra-se o terceiro acesso, que conduz à entrada principal da casa. Neste ponto, o projeto subverte a lógica convencional ao posicionar a área privada no primeiro nível: um hall que distribui o acesso a três quartos e dois banheiros.


Continuando o percurso, através de uma escada em caracol, no segundo nível encontra-se a área pública com sala de estar, a cozinha, sala de jantar, um banheiro e um terraço aberto para todo o espaço. Este nível é completamente aberto, por sua natureza, contrastando com os níveis inferiores. A ausência de paredes e elementos verticais faz com que se direcione a maior quantidade de luz para o interior, abrindo-se inteiramente por meio de uma série de janelas dobráveis, que permitem a integração total do espaço com o terraço.



Além disso, uma claraboia circular enfatiza a circulação vertical e ilumina o percurso da casa, integrando a luz natural como um elemento guia que direciona a atenção para este espaço principal. A luz é principalmente zenital, o que gera uma atmosfera de abrigo e intimidade nos níveis inferiores, uma atmosfera respaldada pela gama cromática e pelos acabamentos selecionados. O metal verde constitui grande parte dos elementos da casa: escada, portas, corrimãos, mobiliário e estrutura, cujos reflexos, ao serem acentuados pela luz, contrastam harmonicamente com o reboco cinza das paredes.





















