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Arquitetos: Kengo Kuma & Associates
- Área: 1500 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Tuğçe Arı

Descrição enviada pela equipe de projeto. Portugal, assim como o Japão, é um país do mar, com uma conexão profunda com o oceano. Durante a era das descobertas, exploradores portugueses navegaram pelos oceanos do mundo, trazendo a civilização ocidental para Tanegashima e abrindo o Japão para o Ocidente.


Nosso objetivo era criar um pavilhão que refletisse essa conexão, onde os visitantes pudessem sentir a presença marítima no local da Expo, que está situado em uma ilha do Mar Interior de Seto. Ao contrário das montanhas, o mar não tem forma, portanto não é fácil expressá-lo como arquitetura, mas era um desafio que valia a pena enfrentar. Surgiu a ideia de criar um lugar real – não uma forma – onde se pudesse experimentar a natureza do mar como uma sensação física. Utilizamos cordas de barco, outrora ferramentas essenciais para a navegação durante a era das descobertas. O vento percorre essa rede de fios de diferentes espessuras, fazendo com que balancem suavemente ou vibrem sutilmente. A luz se infiltra entre as cordas e se reflete nelas, desenhando padrões em constante movimento. Juntos, esses elementos evocam a essência do mar — um espaço dinâmico, moldado por ondas, brisas e vibrações.


A arquitetura é percebida como um volume pesado e sólido que está fixo no local, mas este Pavilhão de Portugal é um tipo de arquitetura sem precedentes que continua a se mover e vibrar. Uma arquitetura que é tão livre e leve quanto um ser vivo, que substitui os blocos feitos de concreto pesado e estruturas de aço que conquistaram o mundo desde o século XIX. Ao unir Portugal e Japão, os dois países marítimos, queríamos criar uma nova arquitetura, livre e humana.








