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Arquitetos: Helio Dorta, Kenji Okabaiasse
- Área: 100 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Brenda Pontes

Descrição enviada pela equipe de projeto. Materializar uma intenção - em um lugar - na cidade
O projeto para o Sphair Ateliê de Pães traduz espacialmente os valores de um negócio fundamentado na produção artesanal, em processos lentos e no cuidado com cada detalhe. Mais do que ambientar um ponto de venda, o projeto busca criar um espaço de encontro e experiência sensorial.

O trabalho se inicia com uma etapa estratégica, voltada à expansão da marca. Quatro pilares orientaram a escolha do imóvel e a definição de diretrizes para futuras lojas:
Fundamentos: para estabelecer princípios espaciais coerentes com a identidade da marca;
Possibilidades: para refletir sobre diferentes tipologias de loja e experiências de cliente;
Lugar: investigando as tipologias de imóveis ofertados em Curitiba, suas características e limitações;
Cidade: analisando e cruzando dados urbanos e definindo recortes da cidade para expansão.



A partir desse processo, definiu-se a ocupação de um imóvel degradado no bairro Bigorrilho, em Curitiba, com potencial de reativação urbana. A intervenção na fachada — com pintura, novas aberturas e cozinha voltada para a rua — transforma o edifício em elemento ativo na paisagem urbana, promovendo maior transparência, vitalidade e segurança para o entorno.

Internamente, a proposta aposta na integração da cozinha com os demais espaços, unificados pelo uso contínuo de acabamentos de piso, paredes e teto. A separação sutil, feita por uma divisória em madeira e vidro, preserva a conexão visual, reforçando o caráter artesanal do processo e envolvendo o cliente na experiência de produção.


A escolha dos materiais é pautada pela busca por atemporalidade e sensorialidade: madeira natural, cimento, granilite. Todos revelam texturas, irregularidades, variações — características que dialogam com os processos e produtos do ateliê.

O projeto para o Sphair Ateliê de Pães propõe uma arquitetura sensível, que revela processos e valoriza o tempo. Um lugar que cria vínculos entre o interior e a cidade, transformando os processos em paisagem. Que materializa, enfim, uma intenção — em um lugar, no meio da cidade.

















