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Arquitetos: SJB
- Área: 69 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Anson Smart
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Fabricantes: Blu Dot, Chripophe Decourt , Euroluce, Flokk, Jasper Morrison for Mattiazzi, HG Gallery, Krause Bricks, Le Corbusier for Nemo, Cult, Mainline Joinery, Mia Hamborg for &Tradition, Cult, Phillippe fireplace, Simple Studio, Surface Gallery, Viabizzuno, Winnings Appliances

Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta casa está inserida no meio do caos de armazéns e terraços que, no passado, serviram ao comércio de roupas de Sydney. O edifício, situado em uma esquina, foi tomado ao longo das décadas por uma sucessão de acréscimos e extensões, formando uma cascata desordenada de intervenções arquitetônicas — entre as quais algumas ervas daninhas ainda resistem, brotando pelas fendas no concreto. Com um passado tumultuado, o local já abrigou um açougue, uma mercearia e, por fim, um restaurante, sempre acompanhado pelos espaços anexos situados acima.


Nossa intenção era entregar uma edificação de uso misto, dividindo o local para oferecer mais possibilidades. Nossa ambição: uma loja, um apartamento autônomo e uma casa. Três usos em um só.




A nova adição na parte de trás ocupa apenas 30 m2, resultando em uma área interna total de 69 m2. Dividida em partes, a escada se torna o eixo central em torno do qual a casa se organiza. O espaço é estruturado em duas categorias: áreas de serviço e áreas servidas. Os espaços de serviço — como depósito, cozinha, armário e suíte — possuem pés-direitos mais baixos, de 2,1 metros. Já os espaços servidos — escritório, sala de estar e quarto — são amplos e arejados, com pés-direitos de 3,6 metros. Com uma profundidade máxima de 3,3 metros, a luz natural e a ventilação estão sempre ao alcance, conectando os moradores ao ritmo do dia e reforçando a presença vibrante da cidade no interior da casa. Essa interação contínua com o ambiente urbano confere à residência uma forte sensação de pertencimento ao contexto da metrópole.






Externamente, a casa é lúdica e texturizada – refletindo os motivos e a materialidade do subúrbio que a rodeia. Um pouco como uma casa de um filme de Jacques Tati, a fachada parece viva e com personalidade. Tijolos recuperados formam o tramado, aqueles quebrados e descartados refletem a base histórica de arenito das ruas circundantes e são cortados e dobrados para esconder aberturas e proteger vistas, enquanto os tijolos superiores mudam de escala para emoldurar janelas e acomodar as plantas.


Durante a construção da casa, artistas foram contratados para criar uma interface generosa com rua. O portão da frente é uma escultura de bronze fundido de Mika Utzon-Popov, e o paisagismo envolvente de Nicholas Harding na sala de estar pode ser visto desde a rua.

















