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Arquitetos: André Braz Arquitetura
- Área: 134 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Evelyn Müller
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Fabricantes: Colormix, Grupo Grani Torre, Marcenaria Baraúnas, O/M Light - Osvaldo Matos, Percival Lafer, REKA, Valvee
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado na capital Paulistana, no bairro Jardim Paulista, o Edifício Therezinha foi a escolha da cliente para ser seu novo lar. Construído na década de 1970, o desenho da fachada, com influências modernas e toques racionalistas, destacou-se pela profusão das janelas e portas janelas, permitindo generosa incidência solar no interior do apartamento. A participação do escritório na escolha do imóvel fez toda a diferença, pois durante a negociação de compra, foram realizados estudos de layout, assegurando ao cliente a viabilidade de atender às suas necessidades. Com área de 134m2, originalmente o apartamento era composto por duas suítes, um dormitório, um lavabo, sala de estar com varanda e cozinha integrada à lavanderia. O desejo inicial da cliente era integrar toda a área social, além de criar uma suíte ampla e aconchegante. Para isso, o projeto foi concebido visando tranquilidade e harmonia entre os espaços, permitindo uma permeabilidade visual em todo o apartamento.
O projeto de reforma incluiu a integração da varanda com todos os espaços, a adaptabilidade na sala de TV e escritório em quarto de hóspedes, o restauro da caixilharia original e a criação de área íntima com um dormitório, closet e sala de banho. Durante a demolição, apenas uma parede foi mantida, sendo criada apenas uma parede hidráulica para atender a todo o apartamento. Na área social, o antigo dormitório foi integrado à sala de estar, com layout versátil que pode ser adaptado para sala de TV e escritório ou para quarto de hóspedes, através de painel ripado de correr em freijó que possibilita o fechamento total do ambiente.
Na cozinha, para dar apoio para refeições rápidas e garantir interação com quem cozinha, foi criada uma bancada de apoio. As áreas sociais são delimitadas de forma diferente do usual, pois o que demarca o layout são as vigas descascadas na laje superior. Na área íntima, o projeto criou uma única suíte com closet e sala de banho com banheira de imersão. O elemento integrador do projeto é o banco que percorre toda a área social e o quarto da cliente tendo surgido através de um desafio encontrado no momento da demolição. Nos caixilhos da sala de jantar e do dormitório há uma viga invertida que impossibilita a integração do interno com o externo em nível. Assim surgiu a ideia da criação de um banco curvo, proporcionando harmonia visual do projeto, valorizando as qualidades espaciais do ambiente e criando novos espaços de convívio. Madeira, cimentício bege e concreto foram os materiais predominantes no projeto, a sua combinação deu origem a uma paleta de cores naturais neutra, trazendo ao ambiente a sensação de leveza e harmonia.
Os móveis cuidadosamente selecionados contribuem para o aconchego do apartamento, combinando madeiras brutas em mesas e bancos com a delicadeza do sofá em veludo (Casa Ática). A curadoria inclui uma mistura mobiliários contemporâneos (Estúdio Orth, Casa Ática, Ries Estúdio) com mobiliários desenhados pela arquitetura (mesa de jantar e mesa de escritório) e com mobiliários clássicos (Percival Laufer, Wishbone Chair, Lina Bo Bardi, Cesca Chair). A presença de vegetação e vasos tantos na varanda externa como internamente, se entrelaça com obras de arte brasileiras e argentinas, país de origem da cliente. O projeto de iluminação é predominantemente composto por luminárias indiretas, revelando o uso de luminárias diretas apenas para locais específicos para trabalhos manuais, como mesa de escritório, mesa de jantar, lavanderia e cozinha.