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London Calling: O mais recente de arquitetura e notícia

Como resolver o problema das habitações sociais?

Recentemente os jornais ingleses e o London Evening Standard têm relatado aumentos dramáticos nos preços das residências na capital. Acima de 8% ao ano. Os aluguéis também estão aumentando. Logo, muitos londrinos, especialmente os jovens, não poderão alugar ou comprar uma casa ou um apartamento. Sem dúvida, isso é cada vez mais comum em muitas grandes cidades. Contudo, a Inglaterra ainda está em uma recessão, a pior em quase um século.

Na busca por casas a preços mais acessíveis as pessoas se mudam para locais mais distantes do seu trabalho, especialmente aquelas com baixos salários, e gastam muito do seu salário e seu tempo no deslocamento. O custo da habitação afeta o que comemos e quanto tempo livre temos, afeta a nossa qualidade de vida.

Não se trata de negócio ou propriedade, é algo mais importante, trata-se de um lar. O lar é um refúgio, nosso porto emocional. Na verdade, é um direito humano. Como diz o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais: é "o direito de todos a um padrão de vida adequado para si e sua família, incluindo adequada... habitação."

Arquitetos podem ajudar? Sim. Como arquitetos, temos que perguntar o que uma casa realmente é e como ela se encaixa na cidade. Na verdade, a resposta é tão antropológica quanto arquitetônica, é re-pensar a própria casa, na criação, não como propriedade, mas como lar.

Por que cidades voltadas ao ciclismo são o futuro?

O lançamento, em 2010, do “Boris Bike” - esquema de compartilhamento de bicicletas de Londres, em homenagem ao prefeito Boris Johnson - foi a indicação mais clara até agora de que o ciclismo já não se reduz a uma minoria de fanáticos, mas um modo saudável, eficiente e sustentável de transporte que planejadores urbanos devem utilizar em seu arsenal. Existem hoje mais de 8.000 bicicletas e 550 estações de compartilhamento no centro de Londres. E este comportamento não é limitado à cidade: segundo o Wikipedia, existem 535 sistemas deste tipo em 49 países, utilizando mais de meio milhão de bicicletas em todo o mundo.

No entanto, a verdadeira questão é: será que as bicicletas realmente mudam a cidade? Será que isso resultará em novas formas urbanas ou, como o título do novo livro do acadêmico australiano Dr. Steven Fleming prevê, uma "Cycle Space"? Como Fleming, acredito que sim. Acredito que o ciclismo pode ser o catalisador para um renascimento urbano no século 21.

Leia como, a seguir...

London Calling: Arquitetura pública, de dentro para fora

Por sua natureza, a arquitetura possui uma presença pública óbvia e poderosa. Independentemente de sua função, os edifícios constituem o pano de fundo material da vida pública; o projeto de cada edifício impacta a cidade e a experiência daqueles que nelas vivem e trabalham. A arquitetura, no entanto, é mais que um cenário. Enquanto que alguns edifícios "icônicos" agem como objetos, muitas vezes vaidosos para exibir aspirações e egos de arquitetos e clientes, o espaço dentro e ao redor desses edifícios é, como nos demais, público: compartilhado, usado por comunidades de pessoas, com efeitos psicológicos e emocionais em muitos de nós. Pense em lojas pequenas e grandes, bancos, escritórios e muitos outros que, mesmo sendo privados, desempenham papéis importantes na vida pública cotidiana.

É o interior destes edifícios coletivos que tem sido progressivamente rebaixado conforme arquitetos e clientes trabalham juntos para maximizar o impacto de seu exterior. Ora, a vida de um edifício público, seja ele um tribunal ou um shopping center, não cessa uma vez que adentramos neles.

London Calling: A cultura de Importação/Exportação de Londres

London Calling: A cultura de Importação/Exportação de Londres - Imagem de Destaque
© Flickr User CC Hayes Davidson

O artigo a seguir é escrito por Simon Henley da Henley Halebrown Rorrison (HHbR). Sua coluna London Calling olha para a realidade do dia-a-dia de Londres, sua cultura arquitetônica e seu papel como um centro global de arquitetura. Tradução Archdaily Brasil.

Como cidade, Londres é mais que nunca uma capital arquitetônica para a progagação e comsumo da cultura do design. Tem a maior concentração de escritórios de arquitetura do que qualquer cidade no mundo. Publicações, exibições, eventos e uma variedade de pop-ups, pavilhões e charretes (sem mencionar as populares pecha-kuchas) também atestam este fato. Escolas como a Architectural Association (AA) em London’s Bedford Square formaram as mentes de uma série de arquitetos internacionais do Star System.

Tem também o próprio skyline - recheado de talentos transplantados. A Torre Shard, de Renzo Piano, a mais recente e a mais alta, se eleva pro sobre as outras. A controversa torre Walkie-Talkie, do uruguaio Rafael Viñoly, que 'incha' ao passar do dia. As obras recentes de Herzog & de Meuron no Tate Modern. Jean Nouvel e seu Shopping Center na St Paul, e os vários edifícios corporativos de gigantes comerciais americanos de 1980 no Distrito de The City of London por SOM, KPF and HOK.

Refletindo neste estado de "cultura de arquitetura de ponta 'versus' alta cultura de comissionamento", não se pode deixar de ver um abismo curioso em Londres. Em alguns aspectos, somos ainda hoje muito parecido com os Vitorianos. Grandes inventores que deixaram para o resto do mundo o legado de tocar nossas invenções para frente.

Seria Londres verdadeiramente a capital mundial de arquitetura? Ou um posto comercial metropolitano, um exportador de idéias arquitetônicas? Leia mais de Simon Henley, a seguir...